Antes da
minha palestra, hoje estamos recebendo a visita do senhor Koji Saito, sucessor
da Casa de Divulgação Nishikie Sorocaba, diretor da Associação dos Moços,
Seinenkai do Brasil. Agradeço sinceramente a sua presença e a reverência na
cerimônia mensal de abril. Muito obrigado.
O Seinenkai do Brasil,
visando as atividades no ano dos 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama,
veio trazer a sua mensagem, principalmente aos jovens desbravadores do kyokai.
Assim, gostaria de contar com a atenção de todos.
Muito
obrigado o diretor Koji Saito que trouxe as informações relativas as atividades
do Seinenkai, principalmente para o ano do decenário, em 2016. Espero que do
nosso kyokai, muitos jovens do Seinenkai possam estar participando,
principalmente do Corpo de Hinokishin Internacional, em julho. Para isso,
espero contar com a colaboração dos pais, para que os jovens possam fazer o
regresso a Jiba em 2016.
Neste mês, estamos
comemorando os 216 anos do nascimento de Oyassama. Há instantes, ao realizarmos
a Cerimônia Mensal de abril, juntamente, comemoramos o seu aniversário. Sem
dúvida alguma, para todos nós, é um mês de imensa alegria.
Deste
modo, gostaria de relembrar um pouco sobre a vida de Oyassama, desde o
nascimento até o seu ocultamento físico.
Como
todos já sabem, de acordo com a intenção de Deus-Parens, Oyassama nasceu no dia
18 de abril de 1798, distante 4 quilômetros ao sul da atual cidade de Tenri, no
local chamado Sanmaiden. Nasceu como sendo a filha mais velha de Hanshiti
Masanobu e Kinu Maegawa.
Desde
pequena foi muito bondosa e carinhosa, não dando trabalho para a mãe e junto
com ela aprendeu a costurar e a tecer, fazendo sacolinhas de pano que depois
enchia de balas e doces e dava para as crianças da vila.
Nas
épocas atarefadas da colheita, reunia os filhos dos vizinhos e brincava com
eles, enquanto os seus pais trabalhavam arduamente nas plantações.
Assim,
cresceu sendo admirada pelos familiares e pelos vizinhos e, ao chegar aos 13
anos, casou-se com Zembee Nakayama, indo morar na vila de Shoyashiki.
Foi uma
esposa atenciosa e uma nora dedicada para com os sogros, além de ser cuidar de
todos os afazeres domésticos, tratando com respeito e consideração os
empregados e amigos da família.
Depois
disso, com a chegada do tempo predeterminado, em 26 de outubro de 1838,
tornou-se Sacrário de Deus-Parens, passando a transmitir o derradeiro
ensinamento da salvação dos homens, através de prática no dia a dia, como
também deixou registrado através do pincel.
Através
da vida-modelo, ensinou paciente e com perseverança a maneira de se fazer a
transformação espiritual para que todos pudessem atingir a concretização da
vida plena de alegria e felicidade.
Durante
os 50 anos da vida-modelo, ela passou por inúmeros sacrifícios. Ao cair no
fundo da pobreza, passou anos e anos por rigorosos invernos se aquecendo apenas
com fogueiras de gravetos e folhas secas, muitas vezes sem óleo para as
lamparinas, trabalhando a noite somente com a luz do luar e, no verão, não
tinha tela e nem mosquiteiro para se proteger dos pernilongos e outros insetos.
Porém,
de acordo com os seguinte versos do Ofudessaki:
Não
digam nada acerca das coisas atuais, pois será avistado o amplo caminho do
porvir. Of. III-36
Qual
seja o caminho atual, não o lamentem. Tenham prazer com o caminho real do
porvir. Of. III-37
Assim,
segundo esses versos, mesmo em meio às dificuldades, animou e incentivou os
filhos, explicando-lhes sobre os dias de alegrias que estavam por chegar, e ela
mesma passou sempre animada e alegre por quaisquer circunstâncias.
Mesmo
nestas situações, em que teve que passar os dias somente com picles e água, encorajou
os filhos dizendo:
“Neste
mundo, há pessoas que estão sofrendo apesar de ter alimentos acumulados aos
montes à cabeceira, porque não conseguem comer mesmo que queiram, nem passar a
água pela garganta. Se pensarmos nisso, estamos muito bem, pois, quando bebemos
água, sentimos o gosto da água. Deus-Parens tem-nos abençoado com a sua
excelente graça.”
Durante muito tempo foi
injuriada e discriminada pelos próprios familiares e vizinhos que outrora
tinham sido ajudados por ela. Chamavam-na de louca e possuída por gênios do
mal, pois as suas atitudes eram incompreendidas pelas pessoas.
Depois
de quase 20 anos, começaram a surgir os primeiros fiéis e o seu ensinamento
passou a se propagar pelas redondezas, chegando primeiramente a ser conhecida
com a deusa do parto, pois através da concessão do parto feliz, obiya yurushi,
muitas mulheres foram salvas de complicações pós-parto.
Como
sabemos, este foi o início da propagação do seu nome ao mundo e pouco a pouco,
o caminho da fé dói se expandindo. Entretanto, surgiram as difamações e os
ataques dos monges e sacerdotes, além da incompreensão e da desconfiança das
autoridades, sendo muitas vezes agredida e sofrendo violências.
Mesmo
dentro destas adversidades, ensinou o Serviço do Kagura e a Dança das Mãos,
como sendo o meio para a salvação dos homens. Esclareceu a Jiba original e
mostrou o caminho da dedicação única à salvação.
Enquanto
isso, continuaram as perseguições e foi presa 17 ou 18 vezes, quer no rigoroso
inverno ou no calor intenso. Porém para ela, isso não significava nenhum
sacrifício, muito pelo contrário, sempre saía animada e alegre, dizendo que
estava indo fazer a divulgação nos altos montes.
Tudo
isso foi somente pensando em acelerar a evolução espiritual dos seus queridos
filhos e, sem dúvida alguma, isso só foi possível por que ela era senão a mãe
de toda a humanidade.
Por todo
esse tempo, acelerou a realização do Serviço de Kagura, mas sentindo que a
indecisão e a hesitação das pessoas perante a realidade de que a cada execução
do Serviço lhe custava ser presa, no dia 26 de janeiro de 1887, deixou de
existir fisicamente, ocultando o seu corpo aos 90 anos de idade.
Porém,
mesmo abreviando 25 anos de sua vida natural, através do Ossashizu, Indicação
Divina, esclareceu que a sua alma permanece viva, e continuará para sempre na
residência original, protegendo e zelando pela evolução de todos os seus
queridos filhos.
Assim,
no dia de hoje em que comemoramos o seu aniversário, refletindo qual seria o
melhor presente que poderíamos dar a Oyassama, podemos chegar à conclusão de
que é a nossa determinação de caminharmos firmemente dedicando-nos à sincera
salvação, para podermos fazer a evolução espiritual, principalmente neste segundo
ano de atividades, dos três anos, mil dias para os 130 anos do ocultamento
físico.
Gostaria
de agradecer a todas as pessoas que foram participar do Encontro dos Yoboku
realizado no mês passado, em várias regionais, em diversas datas. Muito
obrigado pela participação.
Por todo
o Brasil, o Encontro foi realizado em 27 regionais com a participação de
aproximadamente 2.500 pessoas. Com isso, creio que pudemos dar mais um grande
passo rumo ao decenário de Oyassama.
Gostaria de agradecer a
todos pela colaboração ao regresso a Jiba que estarei fazendo na semana que vem,
no dia 15. Como expliquei, desde o ano passado, está acontecendo a reverência
conjunta dos condutores de igreja no dia 26 de cada mês em Jiba, no dia da
cerimônia mensal, como parte da atividade do decenário de Oyassama.
Assim, todos os meses, no
dia 26, quase 1000 condutores, vestindo o otsutomegui e sentando bem próximo ao
Kanrodai fazem a reverência do Serviço de Kagura e da Dança das Mãos. É algo
realmente gratificante poder reverenciar de perto o Serviço de Kagura.
Deste modo, cada kaityo,
representando os fiéis de cada igreja, faz o agradecimento por todos estarem
dedicando animados nas atividades dos três anos, mil dias, e pelas graças
recebidas e renova a determinação de continuar trabalhando firmemente e assim,
poder contentar Oyassama eternamente viva.
O kyokai que pertence ao
Dendotyo, está marcado esta reverência no dia 26 abril. Representando cada um
dos yoboku e fiéis do kyokai, farei o agradecimento a Deus-Parens e a Oyassama
pelas graças recebidas e a determinação de continuar dedicando animado nessa
época oportuna dos três anos, mil dias.
Como acontece todos os anos,
o Dia do Hinokishin da regional de São Paulo será no dia 1° de maio, as 8:30 hs
da manhã, no Parque da Independência, no Ipiranga. Gostaria de contar com a
participação de todos, pois além do hinokishin que realizamos é também uma
grande forma de fazermos a divulgação.
Agradecendo a todos e também
pela visita do Diretor Koji Saito do Seinenkai do Brasil, termino assim as
minhas palavras. Muito obrigado.
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