quinta-feira, 30 de abril de 2015

Boletim de abril de 2015



Palestra de abril de 2015

 Os sinceros agradecimentos a todos pela presença e participação no tsukinamisai de abril. Agradeço a todos pela dedicação nas atividades dos três anos, mil dias, visando os 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama. Muito obrigado.
Neste mês, estamos comemorando os 217 anos do nascimento de Oyassama. Há instantes, ao realizarmos a Cerimônia Mensal de abril, juntamente, comemoramos o seu aniversário. Sem dúvida alguma, para todos nós, é um mês de imensa alegria.
         Bem, como todos já sabem, de acordo com a intenção de Deus-Parens, Oyassama nasceu no dia 18 de abril de 1798, distante 4 quilômetros da atual cidade de Tenri, no local chamado Sanmaiden. Nasceu como sendo a filha mais velha de Hanshiti Masanobu e Kinu Maegawa.
Mocinhas da vizinhança foram contratadas para cuidar dela nos seus dois a três anos de idade; contudo, chegando aos quatro anos, isso não foi mais necessário. Enquanto a mãe fiava ou tecia, sentava-se ao seu lado, divertindo-se em cortar retalhos de pano.
Na idade de seis anos, sentava-se ao lado da mãe e a imitava nos serviços da agulha e fazia sacolinhas de rede. Às vezes, ficava diante da mãe e a ajudava na fiagem de algodão.
A gentil disposição e amabilidade de Oyassama para com as crianças da vizinhança conquistou logo seus corações. Elas se reuniam junto à Oyassama, que tinha um grande prazer de brincar com elas. E quando ganhava doces ou confeitos de sua mãe, nunca os comia sozinha; dividia-os entre essas crianças e se contentava em vê-las todas felizes.
Nas épocas do plantio e colheita, quando os lavradores estavam ocupadíssimos, ela reunia as crianças da vizinhança e dava-lhes os doces e confeitos que tinha ganho da mãe e guardado para este fim. Então, brincava com elas o dia todo.
Os pais das crianças estavam com o coração cheio de gratidão e alegria por essa gentil dedicação de Oyassama, graças a quem podiam terminar seus serviços na lavoura sem terem que se preocupar com seus filhos.
Entre a idade de sete e dez anos, seu pai lhe deu as primeiras instruções de leitura e escrita nas horas disponíveis e, durante três anos, dos nove a doze anos de idade, frequentou uma escolinha de uma das vilas vizinhas. Portanto, ela concluiu o que na época era uma educação básica para as meninas.
         Assim, cresceu sendo admirada pelos familiares e pelos vizinhos e, ao chegar aos 13 anos, casou-se com Zembee Nakayama, indo morar na vila de Shoyashiki, atual cidade de Tenri.
         Foi uma esposa atenciosa e uma nora dedicada para com os sogros, além de ser cuidar de todos os afazeres domésticos, tratando com respeito e consideração os empregados e amigos da família.
        Depois disso, com a chegada do tempo predeterminado, em 26 de outubro de 1838, tornou-se Sacrário de Deus-Parens, passando a transmitir o derradeiro ensinamento da salvação dos homens, através de prática no dia a dia, como também deixou registrado através do pincel.
         Através da vida-modelo, ensinou paciente e com perseverança a maneira de se fazer a transformação espiritual para que todos pudessem atingir a concretização da vida plena de alegria e felicidade.
         Durante os 50 anos da vida-modelo, ela passou por inúmeros sacrifícios. Ao cair no fundo da pobreza, passou anos e anos por rigorosos invernos se aquecendo apenas com fogueiras de gravetos e folhas secas, muitas vezes sem óleo para as lamparinas, trabalhando a noite somente com a luz do luar e, no verão, não tinha tela e nem mosquiteiro para se proteger dos pernilongos e outros insetos.
         Porém, de acordo com os seguintes versos do Ofudessaki:
         Não digam nada acerca das coisas atuais, pois será avistado o amplo caminho do porvir. Of. III-36
         Qual seja o caminho atual, não o lamentem. Tenham prazer com o caminho real do porvir. Of. III-37
         Assim, segundo esses versos, mesmo em meio às dificuldades, animou e incentivou os filhos, explicando-lhes sobre os dias de alegrias que estavam por chegar, e ela mesma passou sempre animada e alegre por quaisquer circunstâncias.
         Mesmo nestas situações, em que teve que passar os dias somente com picles e água, encorajou os filhos dizendo:
         “Neste mundo, há pessoas que estão sofrendo apesar de ter alimentos acumulados aos montes à cabeceira, porque não conseguem comer mesmo que queiram, nem passar a água pela garganta. Se pensarmos nisso, estamos muito bem, pois, quando bebemos água, sentimos o gosto da água. Deus-Parens tem-nos abençoado com a sua excelente graça.”
Durante muito tempo foi injuriada e discriminada pelos próprios familiares e vizinhos que outrora tinham sido ajudados por ela. Chamavam-na de louca e possuída por gênios do mal, pois as suas atitudes eram incompreendidas pelas pessoas.
         Depois de quase 20 anos, começaram a surgir os primeiros fiéis e o seu ensinamento passou a se propagar pelas redondezas, chegando primeiramente a ser conhecida com a deusa do parto, pois através da concessão do parto feliz, obiya yurushi, muitas mulheres foram salvas de complicações pós-parto.
         Como sabemos, este foi o início da propagação do seu nome ao mundo e pouco a pouco, o caminho da fé dói se expandindo. Entretanto,  surgiram as difamações e os ataques dos monges e sacerdotes, além da incompreensão e da desconfiança das autoridades, sendo muitas vezes agredida e sofrendo violências.
         Mesmo dentro destas adversidades, ensinou o Serviço do Kagura e a Dança das Mãos, como sendo o meio para a salvação dos homens. Esclareceu a Jiba original e mostrou o caminho da dedicação única à salvação.
Dentro do Mikagura-uta, tanto no Kagura como no Teodori, não há o menor vestígio e nem sombra, do longo período da caminhada dentro dos sofrimentos e privações; e da tempestade de ataques e perseguições. Realmente, é uma demonstração repleta da imensa alegria e do desejo da realização da vida plena de alegria e felicidade.
Os sacrifícios na delegacia e no presídio, uma vez começados, continuaram por aproximadamente doze anos. Aos olhos de Oyassama havia somente o desejo de salvar todos os filhos, tornando realidade o mundo da vida plena de alegria e felicidade, através do caminho da dedicação sincera à salvação, que é o Serviço Sagrado. Não importa se fosse policial ou não, considerava todos queridos filhos. Este era o sentimento de Oyassama.
         Enquanto isso, continuaram as perseguições e foi presa 17 ou 18 vezes, quer no rigoroso inverno ou no calor intenso. Porém para ela, isso não significava nenhum sacrifício, muito pelo contrário, sempre saía animada e alegre, dizendo que estava indo fazer a divulgação nos altos montes.
         Tudo isso foi somente pensando em acelerar a evolução espiritual dos seus queridos filhos e, sem dúvida alguma, isso só foi possível por que ela era senão a mãe de toda a humanidade.
         Por todo esse tempo, acelerou a realização do Serviço de Kagura, mas sentindo que a indecisão e a hesitação das pessoas perante a realidade de que a cada execução do Serviço lhe custava ser presa, no dia 26 de janeiro de 1887, deixou de existir fisicamente, aos 90 anos de idade.
         Porém, mesmo abreviando 25 anos de sua vida natural, através do Ossashizu, Indicação Divina, esclareceu que a sua alma permanece viva, e continuará para sempre na residência original, protegendo e zelando pela evolução de todos os seus queridos filhos.
Compreenderam que, mesmo deixando de existir fisicamente, ela continuaria a trabalhar tal como no tempo de sua vida física. Ficaram também aliviados e tranquilos ao ouvirem que o Sazuke, até então entregue por Oyassama como a graça da eficácia para a dedicação sincera à salvação, continuaria a ser concedido gradualmente aos seguidores.
         Mesmo que ela não seja mais visível aos nossos olhos, Oyassama continua e sempre continuará a trabalhar em plena vida, e a razão e a graça do seu maravilhoso trabalho continuarão inalterados por toda a eternidade. Ela é realmente a Mãe eterna, a nossa Mãe.
Oyassama reside na residência original, a terra parental da humanidade. Regressando a Jiba, encontraremos com ela e poderemos contar nossas alegrias e tristezas, porque é a nossa Mãe. Ela tem ensinado a vida plena de alegria e mesmo agora, está trabalhando com amor pela salvação de toda a humanidade.

         Assim, no dia de hoje em que comemoramos o seu aniversário de 217 anos, refletindo qual seria o melhor presente que poderíamos dar a Oyassama, podemos chegar à conclusão de que é a nossa determinação de caminharmos firmemente dedicando-nos à sincera salvação, para podermos fazer a evolução espiritual, principalmente neste último ano de atividades, dos três anos, mil dias para os 130 anos do ocultamento físico.
         Em 2016, ela estará esperando ansiosamente o regresso de todos os seus queridos filhos. Por isso, vamos nos esforçar em levar um maio número de pessoas para Jiba, na celebração do Decenário.
         Semana que vem, no Dendotyo, sábado haverá o Otsutome manabi e o Concurso de Koteki do Shonenkai e a noite o festival Tenri Matsuri.
         Favor levar lençol e fronha.
         Assim, termino as minhas palavras.

         Muito obrigado.