quinta-feira, 30 de abril de 2015

Boletim de abril de 2015



Palestra de abril de 2015

 Os sinceros agradecimentos a todos pela presença e participação no tsukinamisai de abril. Agradeço a todos pela dedicação nas atividades dos três anos, mil dias, visando os 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama. Muito obrigado.
Neste mês, estamos comemorando os 217 anos do nascimento de Oyassama. Há instantes, ao realizarmos a Cerimônia Mensal de abril, juntamente, comemoramos o seu aniversário. Sem dúvida alguma, para todos nós, é um mês de imensa alegria.
         Bem, como todos já sabem, de acordo com a intenção de Deus-Parens, Oyassama nasceu no dia 18 de abril de 1798, distante 4 quilômetros da atual cidade de Tenri, no local chamado Sanmaiden. Nasceu como sendo a filha mais velha de Hanshiti Masanobu e Kinu Maegawa.
Mocinhas da vizinhança foram contratadas para cuidar dela nos seus dois a três anos de idade; contudo, chegando aos quatro anos, isso não foi mais necessário. Enquanto a mãe fiava ou tecia, sentava-se ao seu lado, divertindo-se em cortar retalhos de pano.
Na idade de seis anos, sentava-se ao lado da mãe e a imitava nos serviços da agulha e fazia sacolinhas de rede. Às vezes, ficava diante da mãe e a ajudava na fiagem de algodão.
A gentil disposição e amabilidade de Oyassama para com as crianças da vizinhança conquistou logo seus corações. Elas se reuniam junto à Oyassama, que tinha um grande prazer de brincar com elas. E quando ganhava doces ou confeitos de sua mãe, nunca os comia sozinha; dividia-os entre essas crianças e se contentava em vê-las todas felizes.
Nas épocas do plantio e colheita, quando os lavradores estavam ocupadíssimos, ela reunia as crianças da vizinhança e dava-lhes os doces e confeitos que tinha ganho da mãe e guardado para este fim. Então, brincava com elas o dia todo.
Os pais das crianças estavam com o coração cheio de gratidão e alegria por essa gentil dedicação de Oyassama, graças a quem podiam terminar seus serviços na lavoura sem terem que se preocupar com seus filhos.
Entre a idade de sete e dez anos, seu pai lhe deu as primeiras instruções de leitura e escrita nas horas disponíveis e, durante três anos, dos nove a doze anos de idade, frequentou uma escolinha de uma das vilas vizinhas. Portanto, ela concluiu o que na época era uma educação básica para as meninas.
         Assim, cresceu sendo admirada pelos familiares e pelos vizinhos e, ao chegar aos 13 anos, casou-se com Zembee Nakayama, indo morar na vila de Shoyashiki, atual cidade de Tenri.
         Foi uma esposa atenciosa e uma nora dedicada para com os sogros, além de ser cuidar de todos os afazeres domésticos, tratando com respeito e consideração os empregados e amigos da família.
        Depois disso, com a chegada do tempo predeterminado, em 26 de outubro de 1838, tornou-se Sacrário de Deus-Parens, passando a transmitir o derradeiro ensinamento da salvação dos homens, através de prática no dia a dia, como também deixou registrado através do pincel.
         Através da vida-modelo, ensinou paciente e com perseverança a maneira de se fazer a transformação espiritual para que todos pudessem atingir a concretização da vida plena de alegria e felicidade.
         Durante os 50 anos da vida-modelo, ela passou por inúmeros sacrifícios. Ao cair no fundo da pobreza, passou anos e anos por rigorosos invernos se aquecendo apenas com fogueiras de gravetos e folhas secas, muitas vezes sem óleo para as lamparinas, trabalhando a noite somente com a luz do luar e, no verão, não tinha tela e nem mosquiteiro para se proteger dos pernilongos e outros insetos.
         Porém, de acordo com os seguintes versos do Ofudessaki:
         Não digam nada acerca das coisas atuais, pois será avistado o amplo caminho do porvir. Of. III-36
         Qual seja o caminho atual, não o lamentem. Tenham prazer com o caminho real do porvir. Of. III-37
         Assim, segundo esses versos, mesmo em meio às dificuldades, animou e incentivou os filhos, explicando-lhes sobre os dias de alegrias que estavam por chegar, e ela mesma passou sempre animada e alegre por quaisquer circunstâncias.
         Mesmo nestas situações, em que teve que passar os dias somente com picles e água, encorajou os filhos dizendo:
         “Neste mundo, há pessoas que estão sofrendo apesar de ter alimentos acumulados aos montes à cabeceira, porque não conseguem comer mesmo que queiram, nem passar a água pela garganta. Se pensarmos nisso, estamos muito bem, pois, quando bebemos água, sentimos o gosto da água. Deus-Parens tem-nos abençoado com a sua excelente graça.”
Durante muito tempo foi injuriada e discriminada pelos próprios familiares e vizinhos que outrora tinham sido ajudados por ela. Chamavam-na de louca e possuída por gênios do mal, pois as suas atitudes eram incompreendidas pelas pessoas.
         Depois de quase 20 anos, começaram a surgir os primeiros fiéis e o seu ensinamento passou a se propagar pelas redondezas, chegando primeiramente a ser conhecida com a deusa do parto, pois através da concessão do parto feliz, obiya yurushi, muitas mulheres foram salvas de complicações pós-parto.
         Como sabemos, este foi o início da propagação do seu nome ao mundo e pouco a pouco, o caminho da fé dói se expandindo. Entretanto,  surgiram as difamações e os ataques dos monges e sacerdotes, além da incompreensão e da desconfiança das autoridades, sendo muitas vezes agredida e sofrendo violências.
         Mesmo dentro destas adversidades, ensinou o Serviço do Kagura e a Dança das Mãos, como sendo o meio para a salvação dos homens. Esclareceu a Jiba original e mostrou o caminho da dedicação única à salvação.
Dentro do Mikagura-uta, tanto no Kagura como no Teodori, não há o menor vestígio e nem sombra, do longo período da caminhada dentro dos sofrimentos e privações; e da tempestade de ataques e perseguições. Realmente, é uma demonstração repleta da imensa alegria e do desejo da realização da vida plena de alegria e felicidade.
Os sacrifícios na delegacia e no presídio, uma vez começados, continuaram por aproximadamente doze anos. Aos olhos de Oyassama havia somente o desejo de salvar todos os filhos, tornando realidade o mundo da vida plena de alegria e felicidade, através do caminho da dedicação sincera à salvação, que é o Serviço Sagrado. Não importa se fosse policial ou não, considerava todos queridos filhos. Este era o sentimento de Oyassama.
         Enquanto isso, continuaram as perseguições e foi presa 17 ou 18 vezes, quer no rigoroso inverno ou no calor intenso. Porém para ela, isso não significava nenhum sacrifício, muito pelo contrário, sempre saía animada e alegre, dizendo que estava indo fazer a divulgação nos altos montes.
         Tudo isso foi somente pensando em acelerar a evolução espiritual dos seus queridos filhos e, sem dúvida alguma, isso só foi possível por que ela era senão a mãe de toda a humanidade.
         Por todo esse tempo, acelerou a realização do Serviço de Kagura, mas sentindo que a indecisão e a hesitação das pessoas perante a realidade de que a cada execução do Serviço lhe custava ser presa, no dia 26 de janeiro de 1887, deixou de existir fisicamente, aos 90 anos de idade.
         Porém, mesmo abreviando 25 anos de sua vida natural, através do Ossashizu, Indicação Divina, esclareceu que a sua alma permanece viva, e continuará para sempre na residência original, protegendo e zelando pela evolução de todos os seus queridos filhos.
Compreenderam que, mesmo deixando de existir fisicamente, ela continuaria a trabalhar tal como no tempo de sua vida física. Ficaram também aliviados e tranquilos ao ouvirem que o Sazuke, até então entregue por Oyassama como a graça da eficácia para a dedicação sincera à salvação, continuaria a ser concedido gradualmente aos seguidores.
         Mesmo que ela não seja mais visível aos nossos olhos, Oyassama continua e sempre continuará a trabalhar em plena vida, e a razão e a graça do seu maravilhoso trabalho continuarão inalterados por toda a eternidade. Ela é realmente a Mãe eterna, a nossa Mãe.
Oyassama reside na residência original, a terra parental da humanidade. Regressando a Jiba, encontraremos com ela e poderemos contar nossas alegrias e tristezas, porque é a nossa Mãe. Ela tem ensinado a vida plena de alegria e mesmo agora, está trabalhando com amor pela salvação de toda a humanidade.

         Assim, no dia de hoje em que comemoramos o seu aniversário de 217 anos, refletindo qual seria o melhor presente que poderíamos dar a Oyassama, podemos chegar à conclusão de que é a nossa determinação de caminharmos firmemente dedicando-nos à sincera salvação, para podermos fazer a evolução espiritual, principalmente neste último ano de atividades, dos três anos, mil dias para os 130 anos do ocultamento físico.
         Em 2016, ela estará esperando ansiosamente o regresso de todos os seus queridos filhos. Por isso, vamos nos esforçar em levar um maio número de pessoas para Jiba, na celebração do Decenário.
         Semana que vem, no Dendotyo, sábado haverá o Otsutome manabi e o Concurso de Koteki do Shonenkai e a noite o festival Tenri Matsuri.
         Favor levar lençol e fronha.
         Assim, termino as minhas palavras.

         Muito obrigado.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Boletim de março de 2015



Palestra de março de 2015

Os meus sinceros agradecimentos a todos pela participação e reverência na Cerimônia Mensal de fevereiro e também pela dedicação ao Kyokai e nas atividades decenárias. Muito obrigado.
O tempo vai passando rapidamente e daqui a 10 meses será celebrado os 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama. Desse modo, vamos dedicar ao máximo nesses meses restantes dos três anos, mil dias de maneira que possamos estar contentando Oyassama com o nosso trabalho realizado nesse ano de conclusão visando o decenário.

Como disse falta apensas dez meses até os 130 anos do Decenário de Oyassama. Isso significa que dos três anos mil dias, resta apenas 300 dias de atividades dessa época oportuna.
Hoje, vou falar um pouco sobre a importância da época oportuna dentro do nosso ensinamento. De um modo geral, época oportuna são tempos propícios ou tempos certos em que as verduras e as frutas se encontram bem amadurecidas a ponto de serem saboreadas. Ou também, a época em que se preparam coisas para realizar certas atividades.
Na lavoura, tem-se também a época ideal para a semeadura e para a colheita.
Deste modo, na vida espiritual também existe estas épocas. Deus-Parens concede-nos várias épocas para nos ajudar no amadurecimento e crescimento espiritual.
Deus-Parens ensinou o seguinte através da Indicação Divina do dia 31 de março de 1889:
“Semear uma semente. Olhando e semeando na época certa, tudo se frutifica. Semeando na época errada, tudo escorre para lá e se atrasar nada adianta, nada adianta”.
Outra Indicação Divina do dia 21 de maio de 1907:
“Peço a todos para realizarem sem atrasar a época. Não devem atrasar. Se atrasar a época não se pode realizar.”
Estas indicações nos ensinam que semeando uma semente adequada para a época, pode-se obter uma grande colheita. Mas, ao inverso, se tivermos suposições erradas, ficarmos acomodados e atrasarmos na semeadura, não poderemos ver e sentir a alegria da frutificação da farta colheita. Ao atrasarmos no tempo, as graças concedidas por Deus serão bem menores.
Na Indicação Divina de 16 de abril de 1901 tem-se:
“Se é época oportuna, virão a realizar-se, mesmo as coisas que pensem que não se realizarão.”
Durante o transcorrer da vida, há épocas para semear, épocas para fazer a fertilização e a adubagem e para a colheita. Deus-Parens deposita em cada momento e em cada época oportuna a sua vontade. Assim, é importante compreendermos o seu desejo e esforçarmos condizentemente ao tempo oportuno que estamos passando neste momento.
Para todos nós, estamos no final dessa época que foi limitado em três anos, mil dias. Isto é, fazermos a dedicação através da divulgação, da salvação e na transmissão da fé religiosa. Estas sementes de dedicação, de salvação e de sinceridade que estão sendo plantadas por cada um de nós nesse período, estão sendo aceitas por Deus-Parens e com certeza todas brotarão no seu devido tempo, trazendo alegria, prosperidade e felicidade para todos. Significa que receberemos a graça do pleno desenvolvimento do caminho da fé, do crescimento e aprimoramento da igreja e também a proteção e a prosperidade para toda a nossa família.
Sobre o que uma simples semente pode-se transformar, temos um exemplo no Episódio da Vida de Oyassama que diz o seguinte:
“Certa vez, Oyassama, pegando uma semente de arroz e dirigindo-se a Izo Iburi disse:
‘Assim é o ser humano. Se semear um grão de semente da verdade, ao passar um ano, se transformará em duzentos a trezentos grãos. No segundo ano, em várias dezenas de milhares. É a isto que se diz: um grão multiplicado em milhões’. No terceiro ano, o seu número será tal que poderá ser semeado por toda a região de Yamato’.”
Como temos neste episódio, a cada semente que for plantada com sinceridade nesta época, seja semente da salvação, da divulgação, do hinokishin, da frequência à igreja, da realização do Serviço Sagrado, ou seja, tudo que for feito pensando em ser trabalho para Deus e para servir Oyassama, será aceito e num futuro bem próximo, estas sementes darão os seus frutos, que serão as graças e as alegrias que iremos colher em nossas vidas.
Uma simples semente será transformada em inúmeras graças e alegrias que vamos receber.
Entretanto, se não houver nenhuma semente plantada, por mais que passem os anos, não teremos a possibilidade de fazermos a colheita, ou seja receber a graça divina.
Além disso, em vários episódios, Oyassama ensinou sobre a força do trabalho de Deus. Um desses episódios diz o seguinte:
“Foi um fato ocorrido num dia em que Hidenobu Nakano, ex-samurai, muito conhecido por ser exímio em jiu-jitsu e kendo, regressou a Jiba e encontrou-se com Oyassama, que lhe disse:
‘Nakano, você é conhecido como um homem forte. Então, experimente livrar-se das minhas mãos.’
E segurou ambos os pulsos dele, que tentou desvencilhar-se, como lhe fora ordenado. Porém, não conseguiu livrar-se. Concentrou ainda mais a sua força, puxou as mãos, mas Oyassama, apesar da idade avançada, continuou imóvel e calma.
Além disso, o que lhe assustou mais, foi o fato de que, à proporção que puxava impondo maior força, sentia os pulsos cada vez mais apertados e, afinal, começou a sentir tamanha dor que não pôde suportar mais e rendeu-se. Então, Oyassama foi soltando lentamente, enquanto lhe dizia:
‘Não é preciso pedir perdão. Se afrouxar a força de sua parte, Deus também afrouxará. Se impuser força de sua parte, Deus também imporá. Este não é um fato apenas deste momento.’
Como está sendo ensinado neste episódio, se nesta época oportuna, dedicarmos os nossos esforços nas atividades do Decenário, esforçamos em concretizar as metas da determinação espiritual, mesmo que isso tenha que ser feito com algum sacrifício, quanto mais empenho de nossa parte, Deus-Parens estará trabalhando muito mais, com mais força. Isto significa que a possibilidade de recebermos as graças são bem maiores e com isso será atingido mais um degrau na evolução espiritual.
Sobre o significado deste último ano de atividades decenárias, no dia 26 de janeiro passado, Shimbashira-sama disse:
‘Chegamos finalmente no último ano, o terceiro ano dos três anos, mil dias rumo aos 130 Anos do Ocultamento Físico de Oyassama e também o ano da consolidação final das atividades decenárias.
Desejo que cada yoboku pratique a salvação que pode realizar, ou melhor, que somente você pode realizar. Assim, o ânimo de todos os seguidores na salvação também irá aumentar mais ainda.
A partir disso, é mencionado que este ano, é o ano de conclusão, onde cada um fez o voto de dedicar-se com todas as forças. Vendo novamente pelo significado da palavra conclusão que se utiliza normalmente, diz que: “é o ato de concluir, dar os últimos retoques”.’
Deste modo, vamos trabalhar ativamente, com a intenção de concretizar a determinação espiritual, e também participar dos diversos trabalhos das atividades decenárias. Sobre o restante que falta até o Decenário, Shimbashira-sama, disse:
‘Dentro disso, talvez haja pessoas que sintam que nesse momento estejam atrasadas. Mas, não se deve pensar que estejam atrasadas demais. Se pensar que ainda há este ano, várias coisas podem ser realizadas. Mesmo que sinta o atraso da partida, desejo que se empenhem mudando o sentimento, e com entusiasmo, recuperem esse atraso. É importante que todos os yoboku, nesta época oportuna, possam caminhar, um, dois passos, evoluindo o espírito naquele que corresponda ao amor maternal de Oyassama.’
Assim, tendo sempre o sentimento de corresponder ao desejo de Oyassama, vamos continuar animados na dedicação do dia a dia, seguindo as orientações da Instrução 3.

Este mês, no dia 22, estaremos realizando o Mitamassai, Culto às Almas de março. Espero de contar com a presença de todos para homenagearmos os nossos antepassados e manifestarmos o nosso agradecimento.
Além disso, mês que vem, no dia 18 de abril, é o aniversário de Oyassama que estará comemorando 217 anos. Por isso, gostaria que chamassem os familiares e viessem fazer a reverência no Tsukinamisai de abril, no dia 5. Com um grande número de yobokus e fiéis, vamos dar as nossas felicitações a Oyassama pelo seu aniversário. O melhor presente será a presença de todos.
Agradecendo mais uma vez a participação neste Tsukinamisai de março, termino as minhas palavras.

Muito obrigado pela atenção.

50 anos Retornamento Rev. Takeshi Ota


Palestra dos 50 anos de Retornamento Rev. Takeshi Ota

Os meus agradecimentos a todos pela participação e reverência nesta cerimônia de 50 anos de retornamento do Primeiro Kaityo da Igreja Tenrikyo de São Paulo, reverendo Takeshi Ota.
Neste momento em que fizemos esta homenagem, tenho a certeza de que a sua alma esteja muito contente e satisfeito com a presença de todos no dia de hoje.

Relembrando um pouco de sua história, o pai Masatake Ota, natural da província de Niigata, veio com a família ao Brasil como imigrante. Chegou em Santos no dia 29 de julho de 1926, entrando para a Colônia Aliança, em Mirandópolis, no interior paulista, no cultivo de café. A família era formada pelo pai Masatake (52 anos), a mãe Masa (33 anos), e pela filha Hisako (19 anos), e filhos Takeshi (18 anos) e Nobumi (13 anos).
No início, a cultura do café, na colônia, não foi muito satisfatória e em meio a muitas dificuldades, em 1931, ocorreu o repentino retornamento do seu irmão mais novo Nobumi, aos 18 anos de idade.
Meio ano antes do ocorrido, a família de Ishinosuke Kimura (posteriormente primeiro Kaityo da Igreja Tenrikyo de Jussara), tinha entrado na mesma colônia e devido a enfermidade de Nobumi, a família Ota recebeu as primeiras orientações da fé. Devido ao retornamento do filho, a mãe Masa passou a se dedicar à fé, fazendo a divulgação e a salvação.
Em 20 de julho de 1934, Masa partiu de Santos, para regressar a Jiba e fazer o Seminário Bekka, com duraçãode 6 meses. Ao mesmo tempo em que se dedicava ao estudo da doutrina e aprimoramento de fé, procurava de alguma maneira, encontrar uma esposa para o filho Takeshi, e antes de sua volta, foi lhe apresentada a futura nora, Fuki Kataguiri, natural de Niigata.
No dia 20 de dezembro de 1935, partiu de Santos a caravana de regresso a Jiba, composta de 133 pessoas, tendo como chefe o primeiro Primaz Chujiro Otake e o seu auxiliar foi Takeshi Ota. Esta caravana era para participar dos 50 anos do Ocultamento Físico de Oyassama.
Numa certa ocasião, durante a viagem, o Primaz falou: “jovem Ota, como você já sabe, dessa vez, ao formar a caravana de regresso a Jiba, vieram muitas pessoas do interior e foi muito difícil preparar os documentos”. As pessoas não entendiam a língua portuguesa e nem sabiam por onde começar. A realização da inscrição foi uma tarefa muito árdua. “Preciso de uma pessoa na cidade de São Paulo, que entenda um pouco da língua, e que possa cuidar desses fiéis de qualquer maneira”, e continuando, falou: “Será que você não poderia fazer isso?” A família ainda morava na Colônia Aliança, mas ele respondeu: “Se é o senhor quem me pede e é um trabalho de Deus, vamos em frente”, e fez a promessa ainda no navio. Em Jiba, ele frequentou o Seminário Bekka, durante seis meses.
        
De volta ao Brasil, a família deixou a Colônia Aliança e veio para a cidade de São Paulo. Takeshi trabalhou um ano como jornalista e depois por mais 3 anos na tesouraria do Cooperativa Agrícola de Cotia, ao mesmo tempo em que se empenhava na divulgação e na salvação, conseguindo reunir um considerável número de fiéis.
Entretanto, em 1940, foi constatado que estava com tuberculose e devido a essa orientação de Deus, fez a determinação espiritual de se dedicar exclusivamente aos trabalhos divinos. Logo após, teve início a segunda guerra mundial e, a sua casa que já era uma casa de divulgação, se tornou o local de encontro dos fiéis, independente da filiação. Foi nesse tempo, em 1942, que o primaz Otake foi preso por 1 ano e 3 meses e depois de ser solto, foi obrigado a permanecer na cidade de  São Paulo.
Então, ao lado da Casa de Divulgação, foi alugada uma casa e Chujiro organizou a Academia de Treinamento Espiritual, o Rensei Dojo. Essa academia funcionou por dois anos e depois foi transferido para a cidade de Avaí, perto de Bauru.
Em 26 de janeiro de 1950, recebeu a permissão de fundar a Igreja Tenrikyo de São Paulo, ligada diretamente ao Dendotyo do Brasil. Porém, devido a conturbada situação pós-guerra, não havia a possibilidade de regressar a Jiba e receber oficialmente a permissão.
Isso só foi possível em 1954, quando o casal Takeshi e Fuki regressaram a Jiba e no dia 14 de maio, recebeu a permissão oficial de Jiba de fundação da igreja.
Durante mais de 10 anos, apesar do agravamento gradual de sua saúde, dedicou-se ao Dendotyo, principalmente durante a construção do atual recinto de reverência. Mesmo impossibilitado de viajar por causa da saúde, passava orientações através do representante da igreja, sem nunca deixar de lado a sua missão.
Após passar alguns anos acamado, no dia 26 de fevereiro de 1965, retornou aos 57 anos de idade.

Fazendo esse pequeno retrospecto de sua vida, não posso deixar de primeiramente agradecer pelo caminho de sacrifícios e dificuldades que passou para deixar estabelecido a base de nossa igreja, e que creio, todos nós estamos podendo colher os frutos de sua dedicação.
Reconheço que as graças que recebemos tanto na família como na igreja, são os méritos acumulados no decorrer de sua vida, que foi dedicada na divulgação e na salvação e também, nunca deixando de se dedicar à igreja superior, Dendotyo.
O pai Masatake perdeu um filho com 18 anos, que foi o início da fé da família. O meu avô Takeshi também perdeu o filho mais velho com 5 anos de idade. Graças à fé dos antepassados, na minha geração, todos os meus irmãos estão vivos, significando que os meus pais, até hoje, não tiveram que passar pela infelicidade de ver o retornamento de algum filho.
Como foi lido na dedicatória, vamos unir as forças e trabalhar ao máximo neste último ano de atividades, dos três anos, mil dias para o Decenário de Oyassama, pois será a maneira de tranqüilizar a alma dos nossos antepassados e também de alegrar Deus-Parens e contentar Oyassama.

Muito obrigado.

Boletim de fevereiro de 2015



Palestra de fevereiro de 2015

Agradecimentos a todos pela dedicação ao Kyokai e pela participação nas atividades visando os 130 anos do ocultamento físico de Oyassama. Muito obrigado.
        
Em janeiro, a partir do dia 6 a 11, houve o 8° Curso Estudantil com a participação de 9 pessoas. Módulo 1, foram 6 pessoas, no módulo 2, 1 pessoa e no módulo 3, 2 pessoas. Nos dias 23 a 25, foi realizado o Tsudoi, Encontro Infanto-juvenil com a participação de 25 pessoas do kyokai, com 9 crianças e mais 17 encarregados e pessoal de hinokishin.
Muito obrigado a todos e demos um grande passo para atingir as metas da determinação espiritual dos três anos, mil dias dos 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama.
Como podem ver, foi colocado ventiladores no Shinden com o dinheiro arrecadado do bazar da pechincha realizado em novembro do ano passado. Graças à colaboração de todos que trouxeram muitas coisas que estavam na casa sem utilidade, foi possível arrecadar o suficiente para as compras dos ventiladores. Muito obrigado e podem continuar trazendo as coisas para o próximo bazar.

Bem, como acabamos de fazer a leitura da Instrução 3, começamos o último ano de atividades dos três anos, mil dias, visando a celebração dos 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama em 26 de janeiro de 2016.
No dia 26 de janeiro passado, na Grande Cerimônia, Shimbashira-sama disse o seguinte:
“O desenvolvimento das atividades envolvendo todos os seguidores com vistas à Cerimônia Decenária de Oyassama se deu pouco antes do retornamento do Honseki, durante a Indicação Divina de Cem dias que mencionou: ‘Não digo coisa grande ou pequena na Cerimônia de 30 Anos. Desejo que façam algo que seja apenas ensaio e se torne modelo.’
Dessa forma, foi anunciada a construção do Recinto de Reverência visando o terceiro decenário. Para corresponder a isso, foi firmado o compromisso de: ‘todos os condutores das igrejas filiadas decidiram trabalhar dedicando a própria vida, sem desamarrar os cordões das sandálias de palha’. Podemos dizer que este foi o início da prática ativa da divulgação e da salvação.”
Segundo essas palavras, a indicação Divina de Cem dias foi em 1907, quando Deus-Parens incentivou a construção do Shinden, que hoje é o Recinto do lado norte, o que está voltado para o recinto de Oyassama, o mais antigo de todos.
Apesar das dificuldades econômicas que o país passava, todos se uniram em torno dessa construção, visando os 30 anos do ocultamento físico que seria celebrado em 1916, após nove anos.
O Shinden foi inaugurado em dezembro de 1913, levando seis anos para ficar concluído. No ano seguinte, em 1914, foi concluído o Recinto de Oyassama, que atualmente é o recinto dos antepassados. E no dia 31 de dezembro, retornou Shinnossuke, o primeiro Shimbashira, aos 49 anos de idade. Praticamente um ano antes dos 30 anos de Oyassama.
Desde então, a cada dez anos, o decenário de Oyassama veio desenvolvendo as atividades em união espiritual, com o propósito de contribuir na evolução espiritual de todos os seguidores para que caminhem com os mesmos passos, tendo como meta o decenário, que é um importante marco no caminho da evolução espiritual por todas as gerações.
Relembrando, o Caminho cresceu até os dias atuais tendo como marco as atividades decenárias, onde todos os seguidores se animaram na divulgação e na salvação, e também nas construções das épocas oportunas. A cada marco de dez anos, para cada um de nós, é também um importante marco na evolução espiritual.
Sobre e evolução, Shimbashira-sama, disse:
“Evoluir quer dizer aproximar-se da intenção do Parens. Essa intenção do Parens é unicamente o desejo de salvar todos os filhos do mundo. Se voltarmos mais ainda na intenção do Parens, chegaremos na vontade divina do início original, que é compartilhar a vida plena de alegria e felicidade vendo o viver alegre, que é o objetivo da criação do ser humano.”
Significa que aproximar da intenção do Parens é seguir a caminhada da vida-modelo de Oyassama, e isso é fazer a evolução espiritual. Dessa forma, podemos dizer que fazer a evolução espiritual é o esforço em aproximar do amor maternal de Oyassama.
Ao praticarmos o ensinamento deixado por Oyassama, seja a realização do Serviço Sagrado ou a ministração do Sazuke, solicitando a salvação das pessoas é a forma de estamos seguindo a sua vida-modelo. Os 50 anos da vida-modelo de Oyassama foi unicamente salvar as pessoas e concretizar a realização do Serviço Sagrado.
Ao iniciarmos o último ano de atividades decenárias, talvez haja pessoas que sintam que nesse momento estejam atrasadas. Mas, não se deve pensar que estejam atrasadas demais. Se pensar que ainda há este ano, durante mais um ano, muitas coisas podem ser colocadas em prática para poder contentar Oyassama.
Hoje, ao término do Tsukinamisai, vamos realizar os 50 anos do retornamento do primeiro kaityo Takeshi Ota.
Agradecendo mais uma vez a todos pela reverência e participação na cerimônia mensal de fevereiro, termino as minhas palavras. Muito obrigado.