quinta-feira, 30 de abril de 2015
Palestra de abril de 2015
Os sinceros agradecimentos a todos pela presença e
participação no tsukinamisai de abril. Agradeço a todos pela dedicação nas
atividades dos três anos, mil dias, visando os 130 anos do Ocultamento Físico
de Oyassama. Muito obrigado.
Neste mês, estamos
comemorando os 217 anos do nascimento de Oyassama. Há instantes, ao realizarmos
a Cerimônia Mensal de abril, juntamente, comemoramos o seu aniversário. Sem
dúvida alguma, para todos nós, é um mês de imensa alegria.
Bem,
como todos já sabem, de acordo com a intenção de Deus-Parens, Oyassama nasceu
no dia 18 de abril de 1798, distante 4 quilômetros da
atual cidade de Tenri, no local chamado Sanmaiden. Nasceu como sendo a filha
mais velha de Hanshiti Masanobu e Kinu Maegawa.
Mocinhas da vizinhança foram
contratadas para cuidar dela nos seus dois a três anos de idade; contudo,
chegando aos quatro anos, isso não foi mais necessário. Enquanto a mãe fiava ou
tecia, sentava-se ao seu lado, divertindo-se em cortar retalhos de pano.
Na idade de seis anos,
sentava-se ao lado da mãe e a imitava nos serviços da agulha e fazia sacolinhas
de rede. Às vezes, ficava diante da mãe e a ajudava na fiagem de algodão.
A gentil disposição e
amabilidade de Oyassama para com as crianças da vizinhança conquistou logo seus
corações. Elas se reuniam junto à Oyassama, que tinha um grande prazer de
brincar com elas. E quando ganhava doces ou confeitos de sua mãe, nunca os
comia sozinha; dividia-os entre essas crianças e se contentava em vê-las todas felizes.
Nas épocas do plantio e
colheita, quando os lavradores estavam ocupadíssimos, ela reunia as crianças da
vizinhança e dava-lhes os doces e confeitos que tinha ganho da mãe e guardado
para este fim. Então, brincava com elas o dia todo.
Os pais das crianças estavam
com o coração cheio de gratidão e alegria por essa gentil dedicação de
Oyassama, graças a quem podiam terminar seus serviços na lavoura sem terem que
se preocupar com seus filhos.
Entre a idade de sete e dez
anos, seu pai lhe deu as primeiras instruções de leitura e escrita nas horas
disponíveis e, durante três anos, dos nove a doze anos de idade, frequentou uma
escolinha de uma das vilas vizinhas. Portanto, ela concluiu o que na época era
uma educação básica para as meninas.
Assim,
cresceu sendo admirada pelos familiares e pelos vizinhos e, ao chegar aos 13
anos, casou-se com Zembee Nakayama, indo morar na vila de Shoyashiki, atual
cidade de Tenri.
Foi uma
esposa atenciosa e uma nora dedicada para com os sogros, além de ser cuidar de
todos os afazeres domésticos, tratando com respeito e consideração os
empregados e amigos da família.
Depois
disso, com a chegada do tempo predeterminado, em 26 de outubro de 1838,
tornou-se Sacrário de Deus-Parens, passando a transmitir o derradeiro ensinamento
da salvação dos homens, através de prática no dia a dia, como também deixou
registrado através do pincel.
Através
da vida-modelo, ensinou paciente e com perseverança a maneira de se fazer a
transformação espiritual para que todos pudessem atingir a concretização da
vida plena de alegria e felicidade.
Durante
os 50 anos da vida-modelo, ela passou por inúmeros sacrifícios. Ao cair no
fundo da pobreza, passou anos e anos por rigorosos invernos se aquecendo apenas
com fogueiras de gravetos e folhas secas, muitas vezes sem óleo para as
lamparinas, trabalhando a noite somente com a luz do luar e, no verão, não
tinha tela e nem mosquiteiro para se proteger dos pernilongos e outros insetos.
Porém,
de acordo com os seguintes versos do Ofudessaki:
Não
digam nada acerca das coisas atuais, pois será avistado o amplo caminho do
porvir. Of. III-36
Qual
seja o caminho atual, não o lamentem. Tenham prazer com o caminho real do
porvir. Of. III-37
Assim,
segundo esses versos, mesmo em meio às dificuldades, animou e incentivou os
filhos, explicando-lhes sobre os dias de alegrias que estavam por chegar, e ela
mesma passou sempre animada e alegre por quaisquer circunstâncias.
Mesmo
nestas situações, em que teve que passar os dias somente com picles e água, encorajou
os filhos dizendo:
“Neste
mundo, há pessoas que estão sofrendo apesar de ter alimentos acumulados aos
montes à cabeceira, porque não conseguem comer mesmo que queiram, nem passar a
água pela garganta. Se pensarmos nisso, estamos muito bem, pois, quando bebemos
água, sentimos o gosto da água. Deus-Parens tem-nos abençoado com a sua
excelente graça.”
Durante muito tempo foi
injuriada e discriminada pelos próprios familiares e vizinhos que outrora
tinham sido ajudados por ela. Chamavam-na de louca e possuída por gênios do
mal, pois as suas atitudes eram incompreendidas pelas pessoas.
Depois
de quase 20 anos, começaram a surgir os primeiros fiéis e o seu ensinamento
passou a se propagar pelas redondezas, chegando primeiramente a ser conhecida
com a deusa do parto, pois através da concessão do parto feliz, obiya yurushi,
muitas mulheres foram salvas de complicações pós-parto.
Como
sabemos, este foi o início da propagação do seu nome ao mundo e pouco a pouco,
o caminho da fé dói se expandindo. Entretanto,
surgiram as difamações e os ataques dos monges e sacerdotes, além da
incompreensão e da desconfiança das autoridades, sendo muitas vezes agredida e
sofrendo violências.
Mesmo
dentro destas adversidades, ensinou o Serviço do Kagura e a Dança das Mãos,
como sendo o meio para a salvação dos homens. Esclareceu a Jiba original e
mostrou o caminho da dedicação única à salvação.
Dentro do Mikagura-uta,
tanto no Kagura como no Teodori, não há o menor vestígio e nem sombra, do longo
período da caminhada dentro dos sofrimentos e privações; e da tempestade de
ataques e perseguições. Realmente, é uma demonstração repleta da imensa alegria
e do desejo da realização da vida plena de alegria e felicidade.
Os sacrifícios na delegacia
e no presídio, uma vez começados, continuaram por aproximadamente doze anos.
Aos olhos de Oyassama havia somente o desejo de salvar todos os filhos,
tornando realidade o mundo da vida plena de alegria e felicidade, através do
caminho da dedicação sincera à salvação, que é o Serviço Sagrado. Não importa
se fosse policial ou não, considerava todos queridos filhos. Este era o
sentimento de Oyassama.
Enquanto
isso, continuaram as perseguições e foi presa 17 ou 18 vezes, quer no rigoroso
inverno ou no calor intenso. Porém para ela, isso não significava nenhum
sacrifício, muito pelo contrário, sempre saía animada e alegre, dizendo que
estava indo fazer a divulgação nos altos montes.
Tudo
isso foi somente pensando em acelerar a evolução espiritual dos seus queridos
filhos e, sem dúvida alguma, isso só foi possível por que ela era senão a mãe
de toda a humanidade.
Por todo
esse tempo, acelerou a realização do Serviço de Kagura, mas sentindo que a
indecisão e a hesitação das pessoas perante a realidade de que a cada execução
do Serviço lhe custava ser presa, no dia 26 de janeiro de 1887, deixou de
existir fisicamente, aos 90 anos de idade.
Porém,
mesmo abreviando 25 anos de sua vida natural, através do Ossashizu, Indicação
Divina, esclareceu que a sua alma permanece viva, e continuará para sempre na
residência original, protegendo e zelando pela evolução de todos os seus
queridos filhos.
Compreenderam que, mesmo
deixando de existir fisicamente, ela continuaria a trabalhar tal como no tempo
de sua vida física. Ficaram também aliviados e tranquilos ao ouvirem que o
Sazuke, até então entregue por Oyassama como a graça da eficácia para a
dedicação sincera à salvação, continuaria a ser concedido gradualmente aos
seguidores.
Mesmo
que ela não seja mais visível aos nossos olhos, Oyassama continua e sempre
continuará a trabalhar em plena vida, e a razão e a graça do seu maravilhoso
trabalho continuarão inalterados por toda a eternidade. Ela é realmente a Mãe
eterna, a nossa Mãe.
Oyassama reside na
residência original, a terra parental da humanidade. Regressando a Jiba, encontraremos
com ela e poderemos contar nossas alegrias e tristezas, porque é a nossa Mãe.
Ela tem ensinado a vida plena de alegria e mesmo agora, está trabalhando com
amor pela salvação de toda a humanidade.
Assim,
no dia de hoje em que comemoramos o seu aniversário de 217 anos, refletindo
qual seria o melhor presente que poderíamos dar a Oyassama, podemos chegar à
conclusão de que é a nossa determinação de caminharmos firmemente dedicando-nos
à sincera salvação, para podermos fazer a evolução espiritual, principalmente
neste último ano de atividades, dos três anos, mil dias para os 130 anos do
ocultamento físico.
Em 2016,
ela estará esperando ansiosamente o regresso de todos os seus queridos filhos.
Por isso, vamos nos esforçar em levar um maio número de pessoas para Jiba, na
celebração do Decenário.
Semana
que vem, no Dendotyo, sábado haverá o Otsutome manabi e o Concurso de Koteki do
Shonenkai e a noite o festival Tenri Matsuri.
Favor
levar lençol e fronha.
Assim,
termino as minhas palavras.
Muito
obrigado.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Palestra de março de 2015
Os meus sinceros agradecimentos a todos pela
participação e reverência na Cerimônia Mensal de fevereiro e também pela
dedicação ao Kyokai e nas atividades decenárias. Muito obrigado.
O tempo vai passando rapidamente e daqui
a 10 meses será celebrado os 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama. Desse
modo, vamos dedicar ao máximo nesses meses restantes dos três anos, mil dias de
maneira que possamos estar contentando Oyassama com o nosso trabalho realizado
nesse ano de conclusão visando o decenário.
Como disse falta apensas dez meses até
os 130 anos do Decenário de Oyassama. Isso significa que dos três anos mil
dias, resta apenas 300 dias de atividades dessa época oportuna.
Hoje, vou falar um pouco sobre a importância
da época oportuna dentro do nosso ensinamento. De um modo geral, época oportuna
são tempos propícios ou tempos certos em que as verduras e as frutas se
encontram bem amadurecidas a ponto de serem saboreadas. Ou também, a época em
que se preparam coisas para realizar certas atividades.
Na lavoura, tem-se também a época ideal
para a semeadura e para a colheita.
Deste modo, na vida espiritual também
existe estas épocas. Deus-Parens concede-nos várias épocas para nos ajudar no
amadurecimento e crescimento espiritual.
Deus-Parens ensinou o seguinte através
da Indicação Divina do dia 31 de março de 1889:
“Semear uma semente. Olhando e semeando
na época certa, tudo se frutifica. Semeando na época errada, tudo escorre para
lá e se atrasar nada adianta, nada adianta”.
Outra Indicação Divina do dia 21 de maio
de 1907:
“Peço a todos para realizarem sem
atrasar a época. Não devem atrasar. Se atrasar a época não se pode realizar.”
Estas indicações nos ensinam que
semeando uma semente adequada para a época, pode-se obter uma grande colheita.
Mas, ao inverso, se tivermos suposições erradas, ficarmos acomodados e
atrasarmos na semeadura, não poderemos ver e sentir a alegria da frutificação
da farta colheita. Ao atrasarmos no tempo, as graças concedidas por Deus serão
bem menores.
Na Indicação Divina de 16 de abril de
1901 tem-se:
“Se é época oportuna, virão a
realizar-se, mesmo as coisas que pensem que não se realizarão.”
Durante o transcorrer da vida, há épocas
para semear, épocas para fazer a fertilização e a adubagem e para a colheita.
Deus-Parens deposita em cada momento e em cada época oportuna a sua vontade.
Assim, é importante compreendermos o seu desejo e esforçarmos condizentemente
ao tempo oportuno que estamos passando neste momento.
Para todos nós, estamos no final dessa
época que foi limitado em três anos, mil dias. Isto é, fazermos a dedicação
através da divulgação, da salvação e na transmissão da fé religiosa. Estas
sementes de dedicação, de salvação e de sinceridade que estão sendo plantadas
por cada um de nós nesse período, estão sendo aceitas por Deus-Parens e com
certeza todas brotarão no seu devido tempo, trazendo alegria, prosperidade e
felicidade para todos. Significa que receberemos a graça do pleno
desenvolvimento do caminho da fé, do crescimento e aprimoramento da igreja e
também a proteção e a prosperidade para toda a nossa família.
Sobre o que uma simples semente pode-se
transformar, temos um exemplo no Episódio da Vida de Oyassama que diz o
seguinte:
“Certa vez, Oyassama, pegando uma
semente de arroz e dirigindo-se a Izo Iburi disse:
‘Assim é o ser humano. Se semear um grão
de semente da verdade, ao passar um ano, se transformará em duzentos a
trezentos grãos. No segundo ano, em várias dezenas de milhares. É a isto que se
diz: um grão multiplicado em milhões’. No terceiro ano, o seu número será tal
que poderá ser semeado por toda a região de Yamato’.”
Como temos neste episódio, a cada
semente que for plantada com sinceridade nesta época, seja semente da salvação,
da divulgação, do hinokishin, da frequência à igreja, da realização do Serviço
Sagrado, ou seja, tudo que for feito pensando em ser trabalho para Deus e para
servir Oyassama, será aceito e num futuro bem próximo, estas sementes darão os
seus frutos, que serão as graças e as alegrias que iremos colher em nossas
vidas.
Uma simples semente será transformada em
inúmeras graças e alegrias que vamos receber.
Entretanto, se não houver nenhuma
semente plantada, por mais que passem os anos, não teremos a possibilidade de
fazermos a colheita, ou seja receber a graça divina.
Além disso, em vários episódios,
Oyassama ensinou sobre a força do trabalho de Deus. Um desses episódios diz o
seguinte:
“Foi um fato ocorrido num dia em que Hidenobu Nakano ,
ex-samurai, muito conhecido por ser exímio em jiu-jitsu e kendo, regressou a
Jiba e encontrou-se com Oyassama, que lhe disse:
‘Nakano, você é conhecido como um homem
forte. Então, experimente livrar-se das minhas mãos.’
E segurou ambos os pulsos dele, que
tentou desvencilhar-se, como lhe fora ordenado. Porém, não conseguiu livrar-se.
Concentrou ainda mais a sua força, puxou as mãos, mas Oyassama, apesar da idade
avançada, continuou imóvel e calma.
Além disso, o que lhe assustou mais, foi
o fato de que, à proporção que puxava impondo maior força, sentia os pulsos cada
vez mais apertados e, afinal, começou a sentir tamanha dor que não pôde
suportar mais e rendeu-se. Então, Oyassama foi soltando lentamente, enquanto
lhe dizia:
‘Não é preciso pedir perdão. Se afrouxar
a força de sua parte, Deus também afrouxará. Se impuser força de sua parte,
Deus também imporá. Este não é um fato apenas deste momento.’
Como está sendo ensinado neste episódio,
se nesta época oportuna, dedicarmos os nossos esforços nas atividades do
Decenário, esforçamos em concretizar as metas da determinação espiritual, mesmo
que isso tenha que ser feito com algum sacrifício, quanto mais empenho de nossa
parte, Deus-Parens estará trabalhando muito mais, com mais força. Isto
significa que a possibilidade de recebermos as graças são bem maiores e com
isso será atingido mais um degrau na evolução espiritual.
Sobre o significado deste último ano de
atividades decenárias, no dia 26 de janeiro passado, Shimbashira-sama disse:
‘Chegamos finalmente no último ano, o
terceiro ano dos três anos, mil dias rumo aos 130 Anos do Ocultamento Físico de
Oyassama e também o ano da consolidação final das atividades decenárias.
Desejo que cada yoboku pratique a
salvação que pode realizar, ou melhor, que somente você pode realizar. Assim, o
ânimo de todos os seguidores na salvação também irá aumentar mais ainda.
A partir disso, é mencionado que este
ano, é o ano de conclusão, onde cada um fez o voto de dedicar-se com todas as
forças. Vendo novamente pelo significado da palavra conclusão que se utiliza
normalmente, diz que: “é o ato de concluir, dar os últimos retoques”.’
Deste modo, vamos trabalhar ativamente, com
a intenção de concretizar a determinação espiritual, e também participar dos
diversos trabalhos das atividades decenárias. Sobre o restante que falta até o
Decenário, Shimbashira-sama, disse:
‘Dentro disso, talvez haja pessoas que
sintam que nesse momento estejam atrasadas. Mas, não se deve pensar que estejam
atrasadas demais. Se pensar que ainda há este ano, várias coisas podem ser
realizadas. Mesmo que sinta o atraso da partida, desejo que se empenhem mudando
o sentimento, e com entusiasmo, recuperem esse atraso. É importante que todos
os yoboku, nesta época oportuna, possam caminhar, um, dois passos, evoluindo o
espírito naquele que corresponda ao amor maternal de Oyassama.’
Assim, tendo sempre o sentimento de
corresponder ao desejo de Oyassama, vamos continuar animados na dedicação do
dia a dia, seguindo as orientações da Instrução 3.
Este mês, no dia 22, estaremos
realizando o Mitamassai, Culto às Almas de março. Espero de contar com a
presença de todos para homenagearmos os nossos antepassados e manifestarmos o
nosso agradecimento.
Além disso, mês que vem, no dia 18 de
abril, é o aniversário de Oyassama que estará comemorando 217 anos. Por isso,
gostaria que chamassem os familiares e viessem fazer a reverência no
Tsukinamisai de abril, no dia 5. Com um grande número de yobokus e fiéis, vamos
dar as nossas felicitações a Oyassama pelo seu aniversário. O melhor presente
será a presença de todos.
Agradecendo mais uma vez a participação
neste Tsukinamisai de março, termino as minhas palavras.
Muito obrigado pela atenção.
Palestra dos 50 anos de Retornamento Rev. Takeshi Ota
Os meus agradecimentos a todos pela
participação e reverência nesta cerimônia de 50 anos de retornamento do
Primeiro Kaityo da Igreja Tenrikyo de São Paulo, reverendo Takeshi Ota.
Neste momento em que fizemos esta
homenagem, tenho a certeza de que a sua alma esteja muito contente e satisfeito
com a presença de todos no dia de hoje.
Relembrando um pouco de sua história,
o pai Masatake Ota, natural da província de Niigata, veio com a família ao
Brasil como imigrante. Chegou em Santos no dia 29 de julho de 1926, entrando
para a Colônia Aliança, em Mirandópolis, no interior paulista, no cultivo de
café. A família era formada pelo pai Masatake (52 anos), a mãe Masa (33 anos),
e pela filha Hisako (19 anos), e filhos Takeshi (18 anos) e Nobumi (13 anos).
No início, a cultura do café, na
colônia, não foi muito satisfatória e em meio a muitas dificuldades, em 1931,
ocorreu o repentino retornamento do seu irmão mais novo Nobumi, aos 18 anos de
idade.
Meio ano antes do ocorrido, a família
de Ishinosuke Kimura (posteriormente primeiro Kaityo da Igreja Tenrikyo de Jussara),
tinha entrado na mesma colônia e devido a enfermidade de Nobumi, a família Ota
recebeu as primeiras orientações da fé. Devido ao retornamento do filho, a mãe
Masa passou a se dedicar à fé, fazendo a divulgação e a salvação.
Em 20 de julho de 1934, Masa
partiu de Santos, para regressar a Jiba e fazer o Seminário Bekka, com
duraçãode 6 meses. Ao mesmo tempo em que se dedicava ao estudo da doutrina e
aprimoramento de fé, procurava de alguma maneira, encontrar uma esposa para o
filho Takeshi, e antes de sua volta, foi lhe apresentada a futura nora, Fuki
Kataguiri, natural de Niigata.
No dia 20 de dezembro de
1935, partiu de Santos a caravana de regresso a Jiba, composta de 133 pessoas,
tendo como chefe o primeiro Primaz Chujiro Otake e o seu auxiliar foi Takeshi
Ota. Esta caravana era para participar dos 50 anos do Ocultamento Físico de
Oyassama.
Numa certa
ocasião, durante a viagem, o Primaz falou: “jovem Ota, como você já sabe, dessa
vez, ao formar a caravana de regresso a Jiba, vieram muitas pessoas do interior
e foi muito difícil preparar os documentos”. As pessoas não entendiam a língua
portuguesa e nem sabiam por onde começar. A realização da inscrição foi uma
tarefa muito árdua. “Preciso de uma pessoa na cidade de São Paulo, que entenda
um pouco da língua, e que possa cuidar desses fiéis de qualquer maneira”, e
continuando, falou: “Será que você não poderia fazer isso?” A família ainda
morava na Colônia Aliança, mas ele respondeu: “Se é o senhor quem me pede e é
um trabalho de Deus, vamos em frente”, e fez a promessa ainda no navio. Em
Jiba, ele frequentou o Seminário Bekka, durante seis meses.
De volta ao Brasil, a
família deixou a Colônia Aliança e veio para a cidade de São Paulo. Takeshi
trabalhou um ano como jornalista e depois por mais 3 anos na tesouraria do
Cooperativa Agrícola de Cotia, ao mesmo tempo em que se empenhava na divulgação
e na salvação, conseguindo reunir um considerável número de fiéis.
Entretanto, em 1940, foi
constatado que estava com tuberculose e devido a essa orientação de Deus, fez a
determinação espiritual de se dedicar exclusivamente aos trabalhos divinos.
Logo após, teve início a segunda guerra mundial e, a sua casa que já era uma
casa de divulgação, se tornou o local de encontro dos fiéis, independente da
filiação. Foi nesse tempo, em 1942, que o primaz Otake foi preso por 1 ano e 3
meses e depois de ser solto, foi obrigado a permanecer na cidade de São Paulo.
Então, ao lado da Casa de
Divulgação, foi alugada uma casa e Chujiro organizou a Academia de Treinamento
Espiritual, o Rensei Dojo. Essa academia funcionou por dois anos e depois foi
transferido para a cidade de Avaí, perto de Bauru.
Em 26 de janeiro de 1950,
recebeu a permissão de fundar a Igreja Tenrikyo de São Paulo, ligada
diretamente ao Dendotyo do Brasil. Porém, devido a conturbada situação
pós-guerra, não havia a possibilidade de regressar a Jiba e receber
oficialmente a permissão.
Isso só foi possível em
1954, quando o casal Takeshi e Fuki regressaram a Jiba e no dia 14 de maio,
recebeu a permissão oficial de Jiba de fundação da igreja.
Durante mais de 10 anos,
apesar do agravamento gradual de sua saúde, dedicou-se ao Dendotyo,
principalmente durante a construção do atual recinto de reverência. Mesmo
impossibilitado de viajar por causa da saúde, passava orientações através do
representante da igreja, sem nunca deixar de lado a sua missão.
Após passar alguns anos
acamado, no dia 26 de fevereiro de 1965, retornou aos 57 anos de idade.
Fazendo esse pequeno
retrospecto de sua vida, não posso deixar de primeiramente agradecer pelo
caminho de sacrifícios e dificuldades que passou para deixar estabelecido a base
de nossa igreja, e que creio, todos nós estamos podendo colher os frutos de sua
dedicação.
Reconheço que as graças que
recebemos tanto na família como na igreja, são os méritos acumulados no
decorrer de sua vida, que foi dedicada na divulgação e na salvação e também,
nunca deixando de se dedicar à igreja superior, Dendotyo.
O pai Masatake perdeu um
filho com 18 anos, que foi o início da fé da família. O meu avô Takeshi também
perdeu o filho mais velho com 5 anos de idade. Graças à fé dos antepassados, na
minha geração, todos os meus irmãos estão vivos, significando que os meus pais,
até hoje, não tiveram que passar pela infelicidade de ver o retornamento de
algum filho.
Como foi lido na
dedicatória, vamos unir as forças e trabalhar ao máximo neste último ano de
atividades, dos três anos, mil dias para o Decenário de Oyassama, pois será a
maneira de tranqüilizar a alma dos nossos antepassados e também de alegrar
Deus-Parens e contentar Oyassama.
Muito obrigado.
Palestra de fevereiro de 2015
Agradecimentos a todos pela dedicação ao Kyokai e pela
participação nas atividades visando os 130 anos do ocultamento físico de
Oyassama. Muito obrigado.
Em janeiro, a partir do dia 6
a 11, houve o 8° Curso Estudantil com a participação de 9 pessoas. Módulo 1, foram
6 pessoas, no módulo 2, 1 pessoa e no módulo 3, 2 pessoas. Nos dias 23 a 25,
foi realizado o Tsudoi, Encontro Infanto-juvenil com a participação de 25
pessoas do kyokai, com 9 crianças e mais 17 encarregados e pessoal de
hinokishin.
Muito obrigado a todos e
demos um grande passo para atingir as metas da determinação espiritual dos três
anos, mil dias dos 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama.
Como podem ver, foi colocado
ventiladores no Shinden com o dinheiro arrecadado do bazar da pechincha
realizado em novembro do ano passado. Graças à colaboração de todos que
trouxeram muitas coisas que estavam na casa sem utilidade, foi possível
arrecadar o suficiente para as compras dos ventiladores. Muito obrigado e podem
continuar trazendo as coisas para o próximo bazar.
Bem, como acabamos de fazer
a leitura da Instrução 3, começamos o último ano de atividades dos três anos,
mil dias, visando a celebração dos 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama
em 26 de janeiro de 2016.
No dia 26 de janeiro passado,
na Grande Cerimônia, Shimbashira-sama disse o seguinte:
“O desenvolvimento das
atividades envolvendo todos os seguidores com vistas à Cerimônia Decenária de
Oyassama se deu pouco antes do retornamento do Honseki, durante a Indicação
Divina de Cem dias que mencionou: ‘Não digo coisa grande ou pequena na
Cerimônia de 30 Anos. Desejo que façam algo que seja apenas ensaio e se torne
modelo.’
Dessa forma, foi anunciada a
construção do Recinto de Reverência visando o terceiro decenário. Para
corresponder a isso, foi firmado o compromisso de: ‘todos os condutores das
igrejas filiadas decidiram trabalhar dedicando a própria vida, sem desamarrar
os cordões das sandálias de palha’. Podemos dizer que este foi o início da
prática ativa da divulgação e da salvação.”
Segundo essas palavras, a
indicação Divina de Cem dias foi em 1907, quando Deus-Parens incentivou a
construção do Shinden, que hoje é o Recinto do lado norte, o que está voltado
para o recinto de Oyassama, o mais antigo de todos.
Apesar das dificuldades
econômicas que o país passava, todos se uniram em torno dessa construção,
visando os 30 anos do ocultamento físico que seria celebrado em 1916, após nove
anos.
O Shinden foi inaugurado em
dezembro de 1913, levando seis anos para ficar concluído. No ano seguinte, em
1914, foi concluído o Recinto de Oyassama, que atualmente é o recinto dos
antepassados. E no dia 31 de dezembro, retornou Shinnossuke, o primeiro
Shimbashira, aos 49 anos de idade. Praticamente um ano antes dos 30 anos de
Oyassama.
Desde então, a cada dez
anos, o decenário de Oyassama veio desenvolvendo as atividades em união
espiritual, com o propósito de contribuir na evolução espiritual de todos os
seguidores para que caminhem com os mesmos passos, tendo como meta o decenário,
que é um importante marco no caminho da evolução espiritual por todas as
gerações.
Relembrando, o Caminho
cresceu até os dias atuais tendo como marco as atividades decenárias, onde
todos os seguidores se animaram na divulgação e na salvação, e também nas
construções das épocas oportunas. A cada marco de dez anos, para cada um de
nós, é também um importante marco na evolução espiritual.
Sobre e evolução,
Shimbashira-sama, disse:
“Evoluir quer dizer
aproximar-se da intenção do Parens. Essa intenção do Parens é unicamente o
desejo de salvar todos os filhos do mundo. Se voltarmos mais ainda na intenção
do Parens, chegaremos na vontade divina do início original, que é compartilhar
a vida plena de alegria e felicidade vendo o viver alegre, que é o objetivo da
criação do ser humano.”
Significa que aproximar da
intenção do Parens é seguir a caminhada da vida-modelo de Oyassama, e isso é
fazer a evolução espiritual. Dessa forma, podemos dizer que fazer a evolução
espiritual é o esforço em aproximar do amor maternal de Oyassama.
Ao praticarmos o ensinamento
deixado por Oyassama, seja a realização do Serviço Sagrado ou a ministração do
Sazuke, solicitando a salvação das pessoas é a forma de estamos seguindo a sua
vida-modelo. Os 50 anos da vida-modelo de Oyassama foi unicamente salvar as
pessoas e concretizar a realização do Serviço Sagrado.
Ao iniciarmos o último ano
de atividades decenárias, talvez haja pessoas que sintam que nesse momento
estejam atrasadas. Mas, não se deve pensar que estejam atrasadas demais. Se
pensar que ainda há este ano, durante mais um ano, muitas coisas podem ser colocadas
em prática para poder contentar Oyassama.
Hoje, ao término do Tsukinamisai, vamos realizar os 50
anos do retornamento do primeiro kaityo Takeshi Ota.
Agradecendo mais uma vez a todos pela reverência e
participação na cerimônia mensal de fevereiro, termino as minhas palavras.
Muito obrigado.
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