terça-feira, 7 de junho de 2011

Boletim de junho de 2011

Palestra de junho de 2011

Agradecimentos pela dedicação ao Kyokai e pela contribuição às obras do Dendotyo, dos 60 anos de fundação.
Esta fim de semana, com a comemoração dos 60 anos de fundação do Dendotyo, encerramos também a contribuição para as obras comemorativas. Agradeço sinceramente a todos que durante 30 meses, oferendaram a sua sinceridade para o Dendotyo e com a ajuda de todos foi possível fazer a construção do novo salão e das salas de aulas além das reformas e preparos para a comemoração. Muito obrigado.
Estamos também finalizando as atividades dos três anos, mil dias, principalmente as determinações feitas pelo kyokai, onde com a união e o trabalho conjunto de todos, pudemos receber numerosas graças em relação ao número de yoboku, participantes do kentei koshu, shuyokai e koshu.
O encerramento das atividades vai ser a participação de todos na comemoração no dia 12 de junho, juntamente com o Shimbashira-sama e esposa que estarão presentes vindos especialmente de Jiba. Vamos manifestar a alegria e a gratidão pela presença deles, comemorando com bastante ânimo a festa de confraternização.

Hoje, gostaria de falar sobre regressar a Jiba e transmitir a razão dos ensinamentos.
Para nós que seguimos o ensinamento de Oyassama, sabemos que regressar a Jiba é uma ação que contem um grande significado. Com certeza, pelo menos uma vez na vida, a pessoa que segue este caminho, fez o regresso a Jiba. Ao regressarmos a Jiba, recebemos a razão da salvação, cumprimentamos Oyassama e também ouvimos a razão dos ensinamentos, ou seja, frequentamos o Besseki e depois recebemos o dom do Sazuke.
Diferente de antigamente, com o desenvolvimento dos meios de transporte, na atualidade usa-se o trem, o avião, o navio, o ônibus e o carro para regressar a Jiba de locais distantes.
Aqui do Brasil, até 1966, há 45 anos, na ocasião dos 80 anos do ocultamento físico de Oyassama, ainda se fazia o regresso de navio, com duração de 45 a 50 dias de viagem. Os mais velhos ainda devem se lembrar dessas longas viagens.
Porém, muito antes dessa época, na época de Oyassama, quando ainda não tinha trem e nem carro, os antecessores faziam o regresso a Jiba a pé. Regressando à Residência reverenciavam Oyassama e ouvindo as suas palavras ou a razão dos ensinamentos através dos mestres, e fazendo disso o presente, voltavam para as suas casas.
Naquela época, os antecessores regressavam à Residência tendo a certeza de que se encontrariam pessoalmente com Oyassama, poderiam ouvir os ensinamentos, e receberiam a razão da salvação. Ou seja, regressavam com essa alegria no coração.
Para nós também, nos dias atuais, tenho a convicção de que nada mudou, e essa continua sendo a alegria de se fazer o regresso, pois sabemos que Oyassama continua eternamente viva na Residência, esperando ansiosamente os queridos filhos.
Todos nós, filhos do Caminho que regressamos a Jiba somos protegidos por Deus-Parens e Oyassama que nos conduzem puxando pelas mãos.
Nos Episódios da Vida de Oyassama existe o relato de reverenda Lin Massui. A sua família entrou para a fé no outono de 1874, quando em uma noite, ela ficou com os olhos inchados e com uma dor insuportável. De nada adiantou os remédios ou os médicos e apesar de ir a vários locais para oração e solicitação, dia a dia a doença foi ficando mais grave e acabou perdendo a visão. Lin estava com 32 anos de idade.
Dois anos antes tinha perdido o marido e ela também tinha uma doença grave em que os médicos tinham dado apenas mais três anos de vida. Tinha três filhos pequenos e nessa condição acabou perdendo a visão.
Após um mês nessa situação, o filho mais velho de 12 anos, que tinha ido até Tatsuta, na volta acabou ouvindo de uma pessoa sobre a deusa-viva de Shoyashiki e contou sobre isso ao chegar em casa. Mesmo não sabendo nem como fazer a solicitação, pediram durante três dias e três noites, mas não receberam nenhuma graça.
Assim, enviaram o empregado até Shoyashiki. Ele saiu de manhã e a tarde chegou à Residência. Reverenciou Oyassama que estava vestida de quimono vermelho e ouviu dos mestres a respeito dos ensinamentos. Escreveu os pontos mais importantes e voltou.
Na anotação constava sobre o corpo emprestado e tomado emprestado, a predestinação, as oito poeiras e outros ensinamentos. Ainda, para se fazer a solicitação de três dias e três noites, era dito para em primeiro lugar estabelecer no espírito os pontos do ensinamentos.
Lin ouviu o filho mais velho ler as anotações e assim ela fez a determinação. “Desde que ouvi a razão dos ensinamentos, não importa como fique o meu corpo. Se for para cumprir a predestinação da minha família, não me importarei com o calor nem com o frio e, mesmo de muletas, dedicarei unicamente à salvação. Doravante, se for nosso caminho, nós três: mãe, filho e filha, passaremos contentes seja em meio ao fogo ou água.” (Episódios da Vida de Oyassama, n° 36)
Deste modo, toda a família determinou firmemente o espírito e solicitou novamente por três dias e três noites. Na manhã do terceiro dia recebeu a graça de poder enxergar de novo.
Logo em seguida regressou a Jiba para agradecer e recebeu de Oyassama as seguintes palavras:
“Aceito esse espírito determinado.”
Apesar de ter escutado pela primeira vez sobre o ensinamento da coisa emprestada e tomada emprestada, sobre a predestinação e as oito poeiras, determinou firmemente o espirito dizendo: “não importa como fique o meu corpo, se for para cumprir a predestinação da minha família, não me importarei com o calor nem com o frio e, mesmo de muletas, dedicarei unicamente à salvação”. Foi esse espírito determinado que foi aceito por Oyassama.
Desde então, passou a regressar frequentemente à Residência para se encontrar com Oyassama. De Osaka, andava por caminhos entre as montanhas, a distância percorrida era de 30 quilômetros. Regressava constantemente, mesmo de dia ou de noite, no calor ou no frio.
Nos episódios consta um fato acontecido entre 1875 ou 1876, ou seja, logo após ter sido atraída para o Caminho, quando regressou num dia de muita neve.
Ao chegar em Yamato a neve começou a cair mais intensamente e o frio ficou mais rigoroso. Ao chegar numa ponte estreita de menos de um metro de largura, sentindo-a perigosa, avançou descalça, gatinhando. Ela desequilibrou-se e quase caiu no rio por várias vezes, mas toda vez que isso ocorria, orava fervorosamente: “Namu Tenri-Ô-no-Mikoto, Namu Tenri-Ô-no-Mikoto”. Desse modo conseguiu atravessar a ponte e chegou à Residência.
Sentiu-se muito agradecida por ter regressado sã e salva. Aqueceu num braseiro as mãos e os pés que estavam congelados e foi cumprimentar Oyassama. Então ela disse:
“Seja bem vinda de regresso. Foi Deus-Parens que a trouxe de regresso guiando-a pelas mãos. Escorregou aqui e ali, foi muito difícil, não? Mas, mesmo nessa dificuldade esteve contente. Deus-Parens aceita plenamente, plenamente. Aceita tudo, inteiramente e concede graças. Tenha prazer, tenha prazer, tenha prazer.” (Episódio n° 44)
Dizendo isso, apertou fortemente as mãos geladas e ela sentiu um calor agradável.
Deus-Parens nos conduz de regresso, guiando pelas mãos em qualquer circunstância. Não só nos dias de neve, mas mesmo em meio à chuva, ao passar por caminhos escorregadios, quase caindo nos abismos, sempre orava em direção a Jiba e agradecia dizendo: “Estou muito grata por ter regressado sem me machucar.”

Regressar a Jiba significa voltar ao Parens, à origem e receber a razão da salvação. Além disso, para cada um existe o dia original e o sentimento de gratidão por ter recebido a salvação e como retribuição, mesmo tendo que passar por algumas dificuldades, regressam alegres e contentes. Com certeza os antecessores passaram dessa maneira.
Todos nós também, durante a caminhada da fé, passamos por diversas situações. Por isso, devemos passar de modo que Oyassama possa nos dizer: “mesmo na dificuldade esteve contente”. Isso é algo que devemos sempre ter em nosso espírito.

A missão do yoboku está em trabalhar para levar a todos os lugares o ensinamento do Parens. O fato de ouvir repetidas vezes o ensinamento e pouco o pouco colocar em prática seja dentro da família e no cotidiano e transmitir a doutrina constantemente para quem ainda não a conhece é a missão de todos nós, yoboku.
Na Grande Cerimônia da Revelação Divina do ao passado, o Shimbashira disse: “Desde a Revelação Divina, este ensinamento tem como objetivo a salvação do mundo e isso em nada mudou até hoje. Para isso, é preciso fazer com que o ensinamento de Oyassama chegue a todos os cantos do mundo. O caminho da salvação do mundo ainda está em seu início.”
Nesses trechos foi enfatizado que para se fazer a salvação de todo o mundo é preciso expandir o ensinamento de Oyassama a todos os lugares e que este caminho da salvação ainda está apenas começando. Por isso, conscientes desse fato, é necessário trabalhar firmemente e com ânimo no caminho da dedicação sincera à salvação.

Falta apenas uma semana até a comemoração dos 60 anos. Vamos comemorar com muita alegria.
Agradecendo a presença de todos termino assim as minhas palavras.
Muito obrigado.