domingo, 7 de julho de 2013

Boletim de julho de 2013


Boletim


Palestra de julho de 2013

            Os meus sinceros agradecimentos a todos os presentes que vieram participar e reverenciar a cerimônia mensal de julho do Kyokai. Agradeço também pela dedicação aos afazeres do Caminho e também pela sincera contribuição visando os 60 anos de fundação a ser comemorado no ano que vem.
No início de mês, houve a caravana de regresso a Jiba, e duas pessoas estão participando do Seminário de Oyasato e vão receber o Sazuke, tornando-se os mais novos yoboku do nosso kyokai. Com isso demos mais um grande passo para concretizar as metas da determinação espiritual dos três anos, mil dias dos 130 anos do ocultamento físico de Oyassama.

            Desde o dia 1 de julho, está sendo realizado no Dendotyo, o 107 Seminário de Formação Espiritual, Shuyokai do Brasil com a participação de 27 pessoas. Como falei mês passado, fui escalado para ser o responsável de classe durante todo o Shuyokai e também para dar aulas de doutrina e instrumentos sagrados. Voltei ontem a noite de Bauru e hoje a tarde estarei fazendo a viagem de volta. De locais distantes, temos participantes de Manaus, de Recife e Petrolina. Todos estão se esforçando em aprender a doutrina e procurando fazer o aprimoramento espiritual.

Bem, falando em Shimbashira-sama, finalmente esta semana, na quarta-feira, ele estará chegando juntamente com o filho Daisuke-sama e comitiva para participarem da 60ª Assembleia Geral da Associação dos Moços, Seinenkai do Brasil. É uma grande honra e uma imensa alegria poder contar com a sua presença aqui no Brasil
            Como foi dito, a determinação do Seinenkai do Brasil é reunir 1000 associados para a assembleia. Por isso, gostaria de contar com a participação de todos os jovens do kyokai no dia 13 de julho, no Dendotyo. Tenho a certeza de que com o trabalho unido de todos, essa meta poderá ser alcançada e sem dúvida alguma, será a melhor maneira de retribuir e agradecer pela presença do Shimbashira-sama.
             Mesmo sendo uma atividade do Seinenkai, gostaria que os mais velhos e as mulheres e as crianças também fossem ao Dendotyo em julho, pois no domingo, na cerimônia mensal, o Shimbashira-sama fará a palestra, dando importantes e significativas orientações das atividades dos três anos, mil dias, visando os 130 anos do Ocultamento Físico de Oyassama.
           
Como todos sabem, o ponto principal da nossa fé está no fato de possuirmos o espírito de crer e acreditar. Geralmente a origem da fé das nossas famílias, do nosso antepassado que entrou para a Tenrikyo, está na emoção e na alegria por ter sido salvo pela providência de Deus-Parens, amparando-se em Oyassama, mesmo não entendendo em profundidade o ensinamento.
Assim, tendo como base essa emoção e a gratidão, sem duvidar ou desconfiar, da maneira como foi sendo ensinado, praticou com sinceridade o ensinamento e conseguiu aprofundar cada vez mais a alegria de seguir a fé. Depois disso, a fé foi sendo passada de geração para geração, e chegamos aos dias de hoje.
Nos Episódios da Vida de Oyassama, ‘Dia de Neve’, é falado sobre Lin Massui:
Desde a manhã nevava muito. Lin Massui regressou de Kawati à Residência. Oyassama aquecendo com suas próprias mãos as mãos quase congeladas de Lin, disse: ‘Seja bem-vinda de regresso. Foi Deus-Parens que a trouxe de regresso guiando-a pelas mãos. Escorregou aqui e ali, foi muito difícil, não? Mas, mesmo nessa dificuldade esteve contente. Deus-Parens aceita plenamente, plenamente. Aceita tudo, inteiramente e concede graças. Tenha prazer, tenha prazer, tenha prazer.’
Nas palavras: ‘foi Deus-Parens que a trouxe de regresso guiando-a pelas mãos’, está contida a nossa fé que é sermos encaminhados pela Oyassama e o importante é apreciarmos o amor parental nas seguintes palavras: ‘Escorregou aqui e ali, foi muito difícil, não? Mas, mesmo nessa dificuldade esteve contente.’
Durante a vida passamos por montanhas e precipícios, ou seja, nem sempre é um caminho plano. Muitas vezes sentimos alegria, ficamos preocupados, passamos por sofrimentos e sentimos prazer. É ensinado que ‘as doenças e os problemas são as flores do Caminho’.
A complicação das doenças e dos problemas se tornam muitas vezes no motivo para a pessoa iniciar a fé ou para fazer a reflexão e mudar o espírito. Porém, mesmo após ter iniciado a fé, muitas vezes surgem as doenças e ocorrem os problemas inesperados.
Às vezes, as coisas não acontecem como desejamos, os trabalhos de salvação não dão resultado e mesmo achando que estamos dedicando toda a nossa sinceridade, não conseguimos alcançar o nosso objetivo. Entretanto, mesmo nessa situação, devemos nos esforçar a ponto de Oyassama olhar para nós e falar para: ‘mesmo nessa dificuldade esteve contente’. Ou seja, devemos seguir firmemente amparados em Oyassama, sentindo: ‘como é gratificante, como é prazeroso, é uma imensa graça que estou recebendo’. Oyassama eternamente viva está trabalhando em todos os momentos. Tem-se no Ossashizu:
Pensem na razão de Oyassama que se ocultou após ter-se dedicado tanto. Vejam a razão de Oyassama que se ocultou sem ver a prosperidade, sem ter coisa prazerosa durante a sua vida. Se houver sinceridade, tanto quanto dedicarem não haverá falha. Já devem compreender com esta orientação. O tanto quanto dedicarem, será visto a partir de agora. Devem ouvir bem.” ID. 23.12.1897
Significa que devemos refletir firmemente sobre a vida-modelo de Oyassama e dedicarmos o nosso esforço e sacrifício no trabalho divino, pois ela concederá a sua graça, conforme as palavras: ‘tanto quanto dedicarem’. É importante estabelecer no espírito as palavras: ‘se houver sinceridade, não haverá falha’, e seguirmos acompanhando Oyassama eternamente viva.
Estudando os episódios da vida de Oyassama, percebemos que para as pessoas que receberam maravilhosas salvações e vieram fazer o agradecimento, ela dizia: ‘Foi bom ter sido salvo, quando a vida já estava perdida. Se foi bom ter sido salvo, esforce-se na salvação dos outros.’ (episódio 155)
Dizia também: ‘Não é através do dinheiro e nem das coisas. Se está feliz por ter sido salvo, a melhor maneira de retribuir é salvar com essa alegria aqueles que desejam ser salvos. Por isso, se dedique firmemente na salvação.’ (episódio 71)
Sobre o caminho da retribuição, ela dizia amavelmente: ‘Deve salvar os outros.’
Além disso, quando perguntavam como se poderia fazer a salvação das pessoas, ela respondia: ‘Deve contar sinceramente às pessoas sobre a sua cura.’ (episódio 71) Ensinou que a base da salvação está em contar sinceramente para as pessoas a alegria e a emoção de ter recebido a providência divina.
Com essas explanações concedeu juntamente o seu quimono vermelho dizendo que era para vestir e sair fazendo a divulgação e a salvação. Tem-se no episódio 91 – Vá Dançando, sobre Shina Okamoto.
Por volta de 1881, Shina Okamoto regressou a Residência e recebeu o quimono de baixo de tecido vermelho que ainda conservava o calor do corpo de Oyassama. A sua emoção e alegria foi tanta que foi impossível de ser descrito em palavras. Ossama disse: ‘Vá vestida. Quando for, vá vestida com isto por cima do seu quimono, dançando pelo centro de Tambaiti.’
Continuando, no episódio, tem-se: ‘Por um momento Shina ficou surpresa, e a alegria que sentia deu lugar à preocupação. Pensou: “Se fizer isso, serei alvo de zombaria do povo, e também não sei se poderei voltar para casa, hoje.” Isso porque era uma época em que a polícia poderia levá-la presa a pretexto de ter visitado Jiba. Porém, finalmente decidiu: “Não importa o que me aconteça, ou que não possa voltar hoje para casa.” Cobriu-se com o quimono de baixo vermelho que ganhou de Oyassama e voltou dançando com toda seriedade o teodori pela Vila de Tambaiti.
Quando percebeu, já estava fora da vila e nada havia ocorrido apesar da sua preocupação. Sentiu um alívio e, ao mesmo tempo, encheu-lhe o coração uma forte e dupla emoção — a alegria de ter recebido a veste vermelha e a satisfação de ter cumprido a ordem divina. Foi assim que Shina recebeu o quimono agradecendo-lhe de todo coração.’
No início Shina hesitou um pouco, mas seguiu conforme as palavras de Oyassama. Ao deixar totalmente de lado o pensamento humano e a preocupação é que pode sentir alegria e gratidão pelo fato de ter cumprido a missão. Ao pensarmos, Shina foi protegida por Oyassama enquanto estava vestindo o seu quimono vermelho.
Diariamente, diante de Deus-Parens, todos nós fazemos o Serviço Sagrado movimentando as mãos e somos protegidos por Oyassama.
Na primeira parte, ‘ashiki o harote’, é ensinado para deixarmos de lado a cogitação humana e movimentamos as mãos cantando o nome de Deus: ‘Tenri-Ô-no-Mikoto’, orando para recebermos a razão do Parens.
Na segunda parte, é ensinado sobre a intenção de Deus-Parens contida na criação do mundo e dos seres humanos. Cantamos ‘namu Tenri-Ô-no-Mikoto’, procurando ajustar o nosso dia a dia ao desejo de Deus e para levar uma vida religiosa baseada no ensinamento.
Na terceira parte, ‘itiretsu sumashite Kanrodai’, é ensinado que para desfrutar o mundo repleto de alegria entre Deus e os seres humanos, é importante purificar o espírito para receber plenamente a razão do Parens.
Na quarta parte, temos o Hino Yorozuyo e na quinta parte, os Doze Hinos. Como foi ensinado na segunda parte sobre a nossa fé, estes hinos demonstram na prática e em detalhes como deve ser essa caminhada e sempre ao final de cada hino cantamos: ‘namu Tenri-Ô-no-Mikoto’. Podemos compreender que o caminho da fé está em seguir amparado em Deus-Parens e ser conduzido por Oyassama eternamente viva.  É ensinado que o caminho deve ser seguido ajustando-se ao Parens para se receber a sua razão.
Oyassama durante longos 50 anos não só esclareceu a intenção de Deus-Parens como também, demonstrou através da prática, deixando aos seres humanos o modelo de vida a ser seguida por todos. Todos nós nos esforçamos em buscar e caminhar por essa vida-modelo.
Este é o Caminho que deve ser sentido e apreciado através da prática. Mesmo que diga ter entendido pela lógica, se isso não for praticado no cotidiano e se tornar uma verdade, não se pode dizer que entendeu o ensinamento. Através da prática é que se apreciam muitas coisas que são indescritíveis em palavras.

Assim, termino as minhas palavras. Muito obrigado.