Os meus sinceros
agradecimentos a todos pela presença e participação no tsukinamisai de maio.
Agradeço a todos pela dedicação nas atividades do kyokai. Muito obrigado.
Em primeiro lugar,
gostaria de agradecer a todas as pessoas que foram participar do Dia do
Hinokishin, no dia 1° de maio, no Parque do Ipiranga. Recebendo a graça de um
bom tempo, aproximadamente 800 pessoas estiveram se dedicando ao hinokishin
este ano. Ainda, houve a arrecadação de quase 800 quilos de alimentos que foram
doados para uma entidade que cuida de quase 200 crianças carentes. Muito
obrigado a todos e espero que no ano que vem, mais pessoas possam estar
participando do Dia do Hinokishin.
O
Shimbashira-sama em sua palestra de outubro passado, como na de janeiro deste
ano, falou um pouco sobre a importância de não esquecermos de fazer a
retribuição a Deus-Parens pelas graças que estamos recebendo no dia a dia.
Fazer a retribuição não é apenas reconhecermos as graças concedidas por Deus ou
somente entender que estamos sendo protegidos. Mas, devemos manifestar na
prática esse nosso sentimento de gratidão.
O
sentimento de gratidão nasce a partir do momento em que estabelecemos e
compreendemos do fundo do coração de que o corpo de cada um de nós é emprestado
por Deus. Não somente é emprestado mas também estamos recebendo constantemente
a providência divina para poder usar o corpo livremente de acordo com a nossa
vontade. Ou seja, a graça da saúde. Oyassama ensinou que isso se refere as dez
providências divinas.
Se
verificarmos nos episódios da vida de Oyassama, iremos perceber que existem
muitos relatos onde os mestres que foram salvos de doenças difíceis e
complicados, ao perguntarem como poderiam fazer para agradecer a graça
recebida, sempre era orientado por ela: ‘Deve salvar as outras pessoas.’
Por
exemplo, no episódio 72, Há de Salvar-se, temos:
“Será salvo, será salvo,
pois há de salvar-se.”
E fez-lhe várias
explanações interessantes. Quando ia
retirar-se, deu-lhe três doces manju
e água abençoada. Kozaburo fez o caminho
de volta revigorado como
se o corpo e o espírito tivessem sido
purificados.
Chegando em casa , não se
sentiu cansado apesar
da longa viagem
de jinriquixá, pelo contrário, sentiu uma
confortável sensação. Passou a água abençoada no quadril
dolorido , orando: “Namu
Tenri-Ô-no-Mikoto”. A dor d esapareceu
como n um sonho, no
terceiro d ia.
O sentimento
de gratidão conduziu-o naturalmente para Jiba. Regressando a Jiba, consultou a Oyassama
como poderia
retribuir a essa gratidão e teve estas palavras :
“Não é através do dinheiro e nem das coisas. Se está feliz por ter sido salvo, a melhor maneira de retribuir é salvar com essa alegria aqueles que desejam ser salvos. Por isso, se dedique firmemente na
salvação.”
Seguindo essas palavras Kozaburo jurou dedicar-se ao caminho único da salvação.
Não somente neste
episódio, em muitos outros, Oyassama deu este tipo de orientação e deste modo é
que o Tenrikyo foi se espalhando por todas as partes. As pessoas que foram
salvas, saíram para fazer a divulgação como forma de retribuir a graça
recebida.
Além disso, no trecho:
‘fez várias explanações interessantes’, podemos imaginar que Oyassama falou
sobre as dez providências do corpo baseado no ensinamento da razão da criação
dos seres humanos.
É ensinado que a história
da criação original é a base de toda a doutrina. Se não soubermos sobre a razão
da origem, não temos como compreender e explicar sobre o restante do
ensinamento.
Para que a pessoa possa
compreender sobre a graça e o trabalho de Deus-Parens, em primeiro lugar,
precisamos explicar que este mundo e o corpo do ser humano foi criado por Deus.
Depois da criação, o corpo foi emprestado ao nosso espírito. Para isso, é
necessário falar sobre a criação original, quando Deus reuniu os instrumentos
do mar de lama e concedeu as dez providências divinas ao corpo. Com isso, é
possível compreender que somente o espírito do ser humano é algo próprio. Todas
as pessoas do mundo estão sendo vivificadas por Deus. Não existe uma pessoa
sequer que esteja vivendo através da sua força, inteligência ou pelo dinheiro
que possui.
Entendendo sobre o corpo
que é um empréstimo de Deus e o espírito é de cada um, iremos entender sobre a
existência das poeiras espirituais que são a causa das doenças e que o acumulo
excessivo dessas poeiras dá origem as más predestinações.
Deste modo, para se
receber a graça da cura da doença ou da solução do problema, é preciso mudar o
espírito. Mudar o sentimento para desejar a salvação do próximo. Fazer a
salvação significa fazer a retribuição a Deus-Parens. É por isso que Oyassama
orientava as pessoas para se dedicarem à salvação. Este é o ensinamento de que
salvando os outros estará salvando a si mesmo.
No episódio 100, Deve
Salvar os Outros, uma pessoa foi abandonada pelos médicos devido à gravidade da
doença, por não ter mais cura. Conta-se:
Sadakiti Konishi da Vila
de Kambe, Região de Yamato, era muito esforçado, chegando a trabalhar o dobro
dos outros. Por um descuido, foi acometido de tuberculose. Desenganado pelo
médico, passava os dias sem nenhuma esperança. Por outro lado, sua esposa Ie,
que tivera um parto difícil, estava grávida do segundo filho.
Por volta de março de
1882, Jirobei Morimoto da mesma vila espargiu-lhes a fragrância da fé. Assim,
sem se importar com o estado de saúde, o casal regressou a Jiba e, quando Ie
recebeu a Permissão do Parto Feliz, Sadakiti perguntou: “Este Deus é apenas o
Deus do parto?” e Oyassama respondeu:
“Não. É o Deus que salva de todas as doenças.”
Então, ele perguntou
novamente: “Na verdade, estou sofrendo de uma doença do peito, posso ser salvo?”
“Não se preocupe. Receberá a graça qualquer que seja a doença.
Esqueça a ambição.”
Esta resposta cheia de
amor ficou gravada profundamente no coração de Sadakiti, que tomou uma firme
decisão. Chegando em casa, ajuntou todo o dinheiro e entregou-o à esposa.
Isolou-se numa casa separada, escreveu ‘Tenri-Ô-no-Mikoto’ no papel e pregou-o
no centro da parede da sala e orou fervorosamente evocando o nome divino: “Namu
Tenri-Ô-no-Mikoto, namu Tenri-Ô-no-Mikoto”.
Após um tempo, ficou
completamente curado da moléstia que o fez sofrer por longo tempo.
Por outro lado, sua
esposa Ie deu à luz um menino, segura e tranquilamente. Imediatamente, ele
regressou a Jiba em agradecimento. Ao expressar com gratidão o seu sentimento,
Oyassama, mostrando-se muito contente, disse-lhe:
“Foram salvos porque conseguiram dedicar-se voltando o espírito
inteiramente a Deus.”
Então, Sadakiti
disse-lhe: “Não há alegria maior. Como poderei retribuir esta gratidão?”
“Deve salvar os outros.”
Foi a resposta. De modo
que perguntou-lhe outra vez: “O que deverei fazer para que os outros se
salvem?”
“Deve contar sinceramente às pessoas sobre a sua cura.”
Explicou ela,
concedendo-lhe cerca de 500 gramas de farinha de cevada torrada e continuou:
“Isto é oferenda abençoada; por isso, dê-a aos necessitados para
tomarem com a água oferendada no altar.”
Recebendo-a, Sadakiti
voltou contente para casa e encontrou muitos doentes na vizinhança. Foi
salvá-los levando a oferenda abençoada conforme ensinara Oyassama. Um após
outro, todos se curaram, aumentando assim os seguidores desta fé.
Este episódio mostra de
maneira concreta como fazer para se receber a graça da salvação. E depois, o
que fazer para retribuir essa graça. Em primeiro lugar, Oyassama orientou para
que ele abandonasse a ambição. Ou seja, limpar a poeira da ambição que estava
muito acumulado em seu espírito. Essa foi a condição para ele receber a graça
de Deus. Naquele momento, a forma que ele encontrou foi entregar todo o
dinheiro a esposa.
Depois, muito feliz por ter recebido a graça,
ele queria fazer algo para retribuir essa gratidão. Ao perguntar como deveria
fazer, Oyassama orientou dizendo que era para falar às pessoas, como foi que
recebeu a graça. Neste mundo, quando as pessoas ficam doentes, a primeira coisa
é o desejo de ficar curado o mais rápido possível. Principalmente, se for uma
doença grave ou complicada ou quando os médicos e os remédios já não funcionam
mais.
Os doentes fazem de tudo
para se verem livres do incômodo físico o quanto antes. Por isso, ficarão
interessados em como, ou o que a pessoa fez para ficar curada. Nós que somos
yoboku, muitas vezes já falamos como recebemos a graça de Deus-Parens.
Oyassama ensinou diversas
formas para se fazer a retribuição a Deus-Parens por tudo que está sendo
concedido a nós no dia a dia, como o Serviço Sagrado, a divulgação e a
salvação, o hinokishin, a dedicação a Jiba e à igreja e outras coisas. Devemos
fazer as coisas que estiver ao nosso alcance.
Vamos imaginar a seguinte
situação. Um de nossos filhos está conversando com os seus colegas e fala: ‘o
meu pai trabalha bastante, todos os dias, pensando em dar o melhor para nossa
família e graças a ele é que estou podendo ir à escola e posso brincar com os
amigos’. Ou então: ‘quando fiquei com febre, a minha mãe ficou do meu lado, a
noite toda, cuidando de mim, trocando a toalha, dando água e remédio. Por isso,
graças à minha mãe é que melhorei bem rápido’.
Creio que qualquer pai ou
mãe que ouvir isso dos filhos ficará contente e emocionado ao saber que eles
sentem gratidão. Do mesmo modo, se nós falarmos para as pessoas sobre o
trabalho e as graças de Deus-Parens e o quanto isso é gratificante, se
contarmos sobre Oyassama e o seu amor maternal que deseja a nossa salvação,
Deus-Parens e Oyassama, vendo essa atitude dos seus filhos, com certeza ficarão
satisfeitos e contentes. Isso é realmente uma grande forma de fazermos a
retribuição.
Os nossos antepassados
também, ao ouvirem de um missionário da Tenrikyo sobre Deus-Parens e Oyassama é
que receberam a graça da salvação e depois, para retribuir a graça recebida,
também contaram a história da sua salvação para outras pessoas. É assim que o
Caminho veio crescendo até os dias de hoje.
Se não houvesse aquela
salvação do nosso antepassado, creio que hoje não estaríamos aqui. Ao
refletirmos sobre isso, nós também precisamos fazer a retribuição a Deus-Parens
e a Oyassama no nosso cotidiano. É com esse sentimento que gostaria de passar
de agora em diante.
Mais uma vez, muito
obrigado a todos pela reverência e participação no Tsukinamisai de maio.
Muito obrigado.
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